
Do consagrado poeta neotérico esperába-se mais ou menos um epilio. Catulo tería ambicionado emular a Cina, cuxa “Zmyrna” admiraba tán apaixonadamente. “As bodas de Peleo e Tetis”, como se chama xeralmente ao 64, é o poema mais longo e ambicioso de Catulo, sem dúvida a que intentou que fora a sua obra mêstra; um fermoso poema só parcialmente lográdo, mas necesário para conhecer a Catulo. Este non passou nove anos trabalhando nele ( ¿há unha nota de burla na sua alabança a Cina?), mas tampouco foi escríto num só arrebato de excitaçón, nem com facilidade. O 64 é erudícto e laborioso, um especíme de arte, estrictamente premeditado. (…) Peliaco quondam prognatae vertice pinus / dicuntur liquidas Neptuni nasse per undas / Phasidos ad fluctus et fines Aeeteos… (Noutro tempo, pinheiros nascidos no cûme do Pelión nadaron, afirma-se, a través das límpidas ondas de Neptuno, até às águas do Fasis e ó reino de Eetes…) É próprio da essência desta poesía, que non debe haber dissimulo dos meios polos quais obtem os efeitos. Um leitor da Antiguidade reconhecería imediatamente certos rasgos. (…) “Os Argonautas desfraldam velas, as Nereidas surxem do mar e imediatamente Peleo se apaixona por Tetis.” “¡Mísero Catulo, deixa de fazer loucuras e o que vés que se perdeu, dá-o por perdido. Brilharom noutros tempos luminosos dias para tí!” “No fulgurante mundo mítico, Catulo entrevé que a felicidade de Peleo há de ser pura e non perturbada: tais forom os vaticínios com que um dia a voz divina das Parcas anunciou a Peleo o seu venturoso destino.” “Catulli Veronensis Liber” “¿A quem vou dedicar o meu agraciádo librinho novo, recém cepilhádo com árida pedra pómez? A tí, Cornelio: pois tú parecias estimar em algo as minhas bagatelas, xá desde que, único entre os itálicos, ousáste expôr a história de todos os tempos em três libros doctos, por Xúpiter, e trabalhosos. Aceita, por tanto, como cousa tua este librinho, valga o que valer. ¡Que ele, ó virxem protectora, sobreviva intacto mais de um século!” Com este poema breve e oportuno, do qual prácticamente non há precedentes, Catulo apresenta-se a sí mesmo e ao seu libro.
E. J. KENNEY Y W. V. CLAUSEN (EDS.)