
Língua Celta Continental, Celta “P”, Lepóntico.
O centro epigráfico desta língua é a cidade suiça de Lugano, nas marxens do lago com o mesmo nome, entre os Lagos de Como e Maggiore. Num raio de cerca de cem quilómetros, em território suíço e italiano, foram encontrados perto de 150 inscripçóns, num alfabeto etrusco da variedade septentrional, também conhecido como alfabeto de Lugano, embora esta designaçón non pareça ser apropriada actualmente. A cronoloxía deste “corpus” epigráfico abarca desde o século VII ou VI a. C. até aos séculos II-I a. C. Os documentos mais notáveis do “corpus leponês” som as estelas funerárias, nas quais a palabra transcripta “pala” (talvez soando como “bala”), que poderia significar algo como “túmulo” ou “lápide”, foi encontrada até dezasseis vezes. Também há unha abundância de epígrafes em cerâmica, com indicaçóns de propriedade. No final do século XIX, esta língua designou-se por “Lepóntico”, pois pensava-se que era a língua dos Lepontii, um povo celta que ocupaba unha zona mais a norte, no cantón suíço do Ticino. No entanto, esta língua corresponde de facto a membros da “cultura de Golaseca”. O glotónimo sobreviveu na bibliografía especializada. Nos anos 70 do século XX, M. Lejeune confirmou o seu carácter linguístico celta. É unha língua celta “P”, como mostra a conjunçón copulativa enclítica – pe < K e, cf. latim -que e celtibero -QVE, -kue.
CARLOS JORDÁN