
Até 1897, quando F. G. Kenyon publicou um papiro que continha partes substânciais de quatorze epinicios e seis ditirambos, Baquílides era pouco mais que um nome. Poucos descobrimentos resultarom tán sensacionais para a recuperaçón de um poeta de alta qualidade virtualmente desconhecido. As datas de nascimento e morte de Baquílides som incertas. Mais xovem que Píndaro, e sobrinho de Simónides, nasceu em Ceos, talvés por volta do 510 a. C. A maioria das suas obras parece que datan de entre 485 e 452, mais ou menos, aínda que som as datas mais tardías que podemos fixar. Desde que “Longino” estabeleceu a sua pouco lisonxeira comparaçón, entre a suavidade completa de Baquílides e o ardor que abarca toda a obra de Píndaro, Baquílides sofreu com a comparaçón com o seu grande contemporâneo. Mas talvés sexa mais honesto, considerar a Baquílides como o sucesor da tradiçón de Estesícoro, de lírica narrativa extensa, mais que como rival de Píndaro. Preocupa-o mais que a Píndaro narrar histórias “per se”; e as características da recitaçón oral som bastante mais evidentes na sua poesía: a sua narrativa está marcada por unha ociosidade graciosa, unha plenitude de claridade e detalhe e unha confiânça profunda pola composiçón pechada (repetiçón verbal que assinála a reposiçón de um tema depois de unha digresón nunha espécie de efeito “da capo”). A arte do rapsoda, podemos recordar, floreceu com força em vida de Baquílides. Os mitos de Baquílides distinguem-se non só pola sua fluidez e graça de movimento, mas também polo seu “pathos”, com alta proporçón de discurso directo e especialmente pola riqueza e lustre dos seus epítetos. Non há diferença apreciábel entre os seus epinicios e os seus ditirambos em quanto ao estilo, excepto que os últimos tenhem unha proporçón maior de narraçón. As suas virtudes aparecem especialmente em “Odas 3, 5 e 17”, que relatam respectivamente as histórias de Creso na pira, o encontro de Heracles e Meleagro no Hades e o reto de Minos a Teseo. De especial interesse som também as Odas 11(a loucura das filhas de Preto), 13 (a queima polos troyanos das naves gregas), 15 (Ulises e Menelao em Troia para xestionar a volta de Helena), 16 (Deyanira para untar a túnica de Heracles com o filtro máxico da sangre de Neso). Interesante resulta a Oda 18 pola sua forma: um diálogo entre Egeo e o coro relata as façánhas xuvenís de Teseo a medida que se aproxima a Atenas.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)