JOHN LOCKE (O PAI DO LIBERALISMO)

A Relevância histórica de Locke non se reduz ao âmbito da epistemoloxia (ou teoria do conhecimento), mas estende-se ao âmbito político. É considerado o pai do liberalismo moderno, xá que combateu as ideias absoluctistas que defendiam o direito divino dos monarcas. Propôs igualmente um modelo moral empírico e universal em que o bem e o mal dependem da conformidade ou non das acçóns humanas com a lei natural, conformidade que nos pode produzir prazer ou dor. Os seres humanos vivem xuntos e gozam do direito à vida, à liberdade e à propriedade, xá que “se bem que a água da fonte é de todos, ninguém duvida que a água embotelhada non”. Locke afirma que os seres humanos som libres, iguais e independentes por natureza, e que a passaxem do estado natural ao estado civil se alcança por um pacto necessário para poder exercer os seus direitos na sociedade. Para isso, é imprescindível a separaçón dos poderes lexislativo e executivo, sendo o primeiro o poder supremo, mas non absolucto, xá que o povo que o elexeu pode anulá-lo. O poder xudicial estaria integrado no executivo, encargado de aplicar a lei e de a defender. Como novidade, Locke propón um terceiro poder, o federativo, exercido polo executivo e responsábel pola segurança e polas relaçóns com o exterior. Empirista moderno, partidário da separaçón de poderes e de um pacto social, defensor do direito à vida e à liberdade e pai do liberalismo, John Locke foi, para muitos autores, um home “filosoficamente afortunado” cuxas propostas tiveram unha grande repercussón nos sectores mais avançados da burguesia, que as incluíram nas constituiçóns e declaraçóns de direitos. Igualmente, influenciou bastante Voltaire, Helvétius ou Montesquieu e, naturalmente, Berkeley e Hume.

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