Os negros! Hé ahí o mal terribel da Martinica. Explorada polos valorosos prantadores do passado, non tardou, como todas as Antilhas, como as duas Américas, em ser um dos principais mercados para o comercio de ébano animal; as costas da Senegambia, da Guinea e do Cabo, subministravam escravos em abundância aos atrevidos corsários das interminábeis guerras dos séculos XVI, XVII, e XVIII. Estes, quando as presas faltabam, punham rumo à África e tornabam com as bodegas cheias da negra mercadoria… Recordo, que unha noite, a bordo do “Ville-de-Brest”, conversaba com um médico que se dirixía a Panamá, contratado para o serviço sanitário dos trabalhos do canal. Era um escéptico absolucto, um home de teorías feitas e intransixentes. Falamos da escravatura, e sem ascender à rexión suprema da moral, manifestei simplesmente a repugnância estéctica que me causaba a exploraçón do home polo home. A sua réplica foi característica: começou declarándome que, se xulgaba a questón desde o ponto de vista da filosofia relixiosa, nada tería que obxectarme, porque tudo sería inútil. Mas que se, polo contrário, eu era um positivista convencido, acreditando na constante evoluçón e, polo tanto, no encadenamento dos seres organizados, tería que ser lóxico, admitíndo que o negro, como o cabalo, como o touro ou as aves, se encontrabam a um níbel bem inferior ao nosso e podíamos, em consequência, utilizá-los lexitimamente para a satisfaçón das nossas necessidades. —Mas a este passo, aceitaría até a práctica do canivalismo! —Non, porque a carne de vaca é melhor, e as vacas non podem cortar “caña” nem recolher o tabaco! —Aquel home era um socialista em absolucto, e non caian dos seus lábios, senón pláns de reforma com vistas à felicidade humana sobre a Terra!…
Entre os alemáns entendem-no logo, se digo que a philosophia está corrompida por sangue de theólogos. O pastor protestante é o avô da philosophia alemán, o próprio protestantismo o seu “peccatum originale”. Definiçón do protestantismo: a hemiplegia do christianismo e da razón… Non se necessita senón pronunciar as palabras “Seminario de Tubingue” para comprehender o que é no fundo a philosophia alemán: uma theologia “astuta”. Os Suabios som os melhores embusteiros da Alemanha, mentem inocentemente… D’onde provêm a alegria que, à apariçón de Kant, passou pola Alemanha no mundo da sciencia, que se compón nas suas tres quartas partes, de filhos de pastores e de filhos de mestres; d’onde procede a convicçón alemán, que ainda agora encontra echo, de que com Kant inaugura-se uma mudança para “melhor”? O instincto theológico no sabio alemán adivinhava o que entón voltava a ser possivel… Havia-se aberto um caminho indirecto para o antigo ideal, o conceito do “mundo verdade”, o conceito da moral como essencia do mundo (os erros mais pérfidos que existem!) eram de novo, serán demonstráveis, pelo menos “impossiveis de refutar”, graças a um scepticismo subtil e astucto… A razón, o direito da razón non alcança tanto… Havia-se feito da realidade uma “experiencia”; um mundo completamente “mentido”, o da essencia, tornára-se realidade… O exito de Kant non passa de um exito de theólogo; Kant foi como Luthero, como Leibnitz, um freio mais para a probidade alemán, pouco sólida de sua natureza.
Quem as levantou na Galiza? Foi o home lacustre, foi o celta? Neste caso concreto, a resposta non resulta tán difícil, se temos em conta, que entre nós a idade da pedra é quase tán céltica como a de bronce, e que as casas lacustres levam-nos no seu estudo até à época romana. Assim, mentras dados mais concluíntes non chegam para destruir as antigas afirmaçóns, podemos tê-las como fruto lexítimo da civilizaçón céltica. Que estes monumentos, como os demais megalíticos, encontram-se espalhados sobre a face da Terra, e se os mire como producto de homes e razas farto diversas, non importando muito na verdade; sempre quedará em pé o feito eloquente para o caso de que foram tán do uso dos celtas, que quase podem ser privativos destes. Na Galiza ao menos, nada autoriza a negar-lhe semelhante orixem. Abundam em câmbio os contrários e que permitem asegurar que baixo as toscas pedras da maioría dos nossos dólmens e ao abrigo da terra que os cobre, descansa com preferência a xente céltico-galega. Estas solitárias moradas da morte, eles as levantarom desde a sua arribada ao nosso país, também as levantarom depois e durante o xugo de Roma e ao mesmo tempo que os suevos. Som pois cousa nossa. Os “tumulos” galegos, presentam igual aspecto que os que povoam o chán bretón, e revestem os dous seguintes carácteres essênciais: ausência, na sua maioría, dos machados non pulimentados; uso continuádo da cremaçón. Às vezes encontram-se vasos de cristal; machados de pedra pulimentada e de bronce; contas de silex, maxestuosos torques de ouro, com ornamentaçón de dente de serra, e se temos de acreditar ao P. Sarmiento, que as víu e copiou, inscripçóns latinas (…) Se em ocasións, como sucedeu perto de Noya, aparece debaixo do dolmem tumular o esqueleto do guerreiro, acompanhado de ponta da lanza e punhal de bronce, indicando a época à qual pertencia o morto. Tumulos, conhecidos em Galiza com o nome vulgar de “mámoas”, “mammula” (pola forma que semelham), “medorras” (locus dormitionis), “medelas” (com forma de meda) e “arca” (quando é vissíbel o dolmem, unha vez despoxado da envoltura de terra que os cubría. Há-os de várias clásses e sobre tudo de diversos tamanhos e importância. Xá, formados por cantos miúdos e terra (…), xá por terra que oculta a câmara sepulcral. (…) Ás vezes de breves dimensóns e composto de pequenas losas (como os “cist-waen”), e outras formado por grandes pedras cravádas em círculo e cobertas por unha laxe à maneira de mesa. Xeralmente, som de um só recinto, mas há-as de três ou mais, verdadeiras “sepulturas longas” como as denomina Worsaac, com bastânte mais razón, que os que miram nelas “caminhos cobertos”. Algunhas tenhem tapizado o chán com mosaicos roxos. Outras, em vez de dolmen, unha caixa de pedra ou sepulcro, o qual parece mais recente. Encontram-se as “mámoas” formando círculo entre sí, como as vímos em Santiago, rodeando um pozo ou lagôa (Brandomil), de três em três, em linha, solitárias ao azar, semelhando um vasto campo mortuário, ao qual dá o povo o nome de “Oleiros”, “Outeiro d’as olas”, “Campo d’as olas”, “Campo d’as mamoinhas” ou “Campo do Mouro”. No seu aspecto interior varían muito pouco, e vista unha están vistas todas; só se diferencíam no tamanho, mas hai-las, que adoptam a forma de campana.
Os estoicos partilham com os epicuristas a visón de um universo material, físico, corporal, mais do que espiritualista. Non significa que âmbas as escolas tivessem deslizado para um materialismo grosseiro, e ainda menos o estoicismo, que entende a matéria do universo imbuída ou penetrada por unha razón universal “logos”: um princípio activo imanente ao que chamam Deus. Mente ou Destino. O universo forma um sistema unitário, onde coexistem dous princípios inseparábeis: um passivo material (a matéria inerte) e outro activo, Deus, que configura e altera a matéria. Nas palabras de Longe: É problemático classificar os estoicos como “materialistas”. No sistema estoico, os corpos están compostos por “matéria” e “mente” (Deus ou Logos). A mente non é mais do que corpo, mas é um constituinte necessário deste último, a “razón” na matéria. Será mais apropriado descreber os estoicos como vitalistas. A sua Natureza, como o Deus ou a Natureza de Espinosa, é algo que possui tanto pensamento como extensón. Deus está presente em tudo: na Terra, no Mar, na Lua e nas estrelas, em todos os animais e no home. A crença de que Deus se encontra em toda a realidade, que ele próprio é tudo o que é real, é chamada de “panteísmo” e os estoicos adoptarom-na imediatamente desde que Zenón fundou a sua escola. Este último identificou Deus com o fogo, um fogo criador que se encontrava no céu. Crisipo, o grande sistematizador, transformou esse Deus em “pneuma” (alento ou espírito, composto de fogo e ar) e introduziu-o em todas as cousas e em todos os seres terrestres. O estoicismo viu o universo no seu conxunto como um ser vivo racional, o que non significa que sexam racionais todos os seus componentes: da mesma maneira que um ser humano individual é governado pola razón sem que se possa dizer que todas as partes do seu corpo sexam racionais, o universo é rexido por um princípio intelixente que organiza toda a matéria, tudo o que é físico. A visón estoica pode ser resumida com a afirmaçón de que o universo é unha estructura racional de constituintes materiais. Existe unha alma ou unha mente do mundo: “Physis” (a Natureza entendida como totalidade daquilo que existe) é identificada como “logos” (razón). Do fogo criador nascem todos os constituintes físicos do universo.
É a variedade clave, da maioría dos grandes vinhos tintos espanhois e portuguêses. Como os “riojas”, os “Ribera del Duero”, os “manchegos” e os bons tintos da Catalunha. E em Portugal, os grandes vinhos do Douro e do Alentejo. Ao amador, pode recordar-lhe um pouco os aromas e o sabor da “pinot-noir” da Borgonha. De todas maneiras, o sabor de um bom “rioja”, resulta inconfundíbel.
LUGARES ONDE SE PODE ENCONTRAR.
O accidentado val do Douro, é unha das rexións de vinhedos mais impresionantes da terra. Mas, durante décadas, até ao século XXI, só um vinho sem fortificar destacou internacionalmente: o “Barca Velha”, elaborado por Fernando Nicolau de Almeida, durante a década de 1950, em Ferreira. Utilizam-se pequenas parcelas de vinhedo de grande altitude, para dar frescura e complexidade à mistura. Som seleccionádas as melhores uvas de vinhedos de primeira qualidade, que envelhecem em barricas pequenas de roble novo, entre doze a dezoito meses, ademais de um tempo em garrafa, antes de ser comercializádos. Normalmente, seis anos depois da vindima. As saídas ó mercado som raras e somente forom vendidas quinze colheitas. O de 1999, com sabores de fruta negra gloriosamente frescos e concentrados. Aromas recubertos de cedro e vainilha debído à maduraçón em madeira, com toques florais e de chocolate. Grande concentraçón e profundidade no paladar, equilibrados por unha delicada elegância, raramente vista em vinhos tán potentes.
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O Convento da Cartuxa, em Portugal, foi fundado em 1587 e passou a ser propriedade particular em 1834. Foi ocupado por xornaleiros depois da “Revoluçón dos Cravos” em 1974, mas posteriormente caíu num estado de total abandono. Mais tarde, unha vez devolta a propriedade aos donos do vinhedo, forom acondicionados por completo. O melhor vinho que produzem estas antigas adegas desde 1987, foi sem dúvida o “Pera Manca”, que xa se consideraba um caldo famoso, antes da apariçón da filoxera. O vinho só se comercializa nos melhores anos, e a colheita de 1995 foi unha das de maior êxito; dela emana força e riqueza, com unha intensidade agridoce, próxima ao chocolate, comparábel ao “Vintage Port”. O cabernet penetra no aroma, e o sabor a groselha negra matiza o denso sabor a cereixa marrasquina e passas. o vinho desarrolha com a idade um carácter em certo modo selvaxem, com toques de sabor requeimado. O “Pera Manca”, alcança uns preços muito elevados, e converteu-se rapidamente no “Barca Velha” do Alentejo.
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As bases da criaçón da bodega mais antiga da Rioja estabelecerom-se em 1825, quando forom prantadas as primeiras vinhas nos campos de Ygay. Em 1852, Luciano Francisco Ramón de Murrieta, último marqués de Murrieta, iniciou o negócio. Em 1878, adquiríu as terras de Ygay. Conta com cento oitenta hectáreas de vinhedo, quatorze mil barricas de roble norteamericano e unha reserva de três milhóns de garrafas, que envelhecem nas bodegas. O vinho chama-se “Château Ygay”, mas passou a denominar-se “Castillo Ygay”. Somente se produzia como “Gran Reserva Especial” nas melhores colheitas. Alberga boa côr e boa extructura, com suficiente alcohol e acidez como para envelhecer durante muito tempo. A colheita de 1959 foi engarrafada em Maio de 1986, trás seis meses nunha cuba e vintiseis anos em roble norteamericano. Depois mais seis anos e meio descansando engarrafado na bodega, antes de pôr-se à venda em 1991. O seu matiz alaranxado revela a idade do vinho. Nariz limpa e fresca, com aromas de roble e vainilha, que suxérem madeiras secas de forma adequada e um núcleo de cereixa. Apresenta unha boa extructura e aromas penetrantes.
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“Vega Sicilia” é a bodega mais prestixiosa das Espanhas. Mas, por muito boa que fora a colheita de 1970, os vinhos caros non se vendían muito em Espanha nesse momento, e só se engarrafabam por encargo. O “Único” de 1970, foi trasegádo infinidade de vezes a cubas de cemento, grandes depósitos de roble ou barricas. Non obstânte, o entón xovem enólogo Mariano García desvivíu-se para manter as barricas cheias com o fim de evitar ao máximo a oxidaçón para perservar a fruta e minimizar a acidez volátil e certo ar a “Porto”, que constituía o selo característico do “Vega Sicilia Único”. Foi lanzado ao mercado vinticinco anos depois da colheita, e as garrafas de litro e meio non se venderom até 2001, ainda que había quem pensaba que non era o momento xusto para bebêlo. Pola sua imáxem, cheiro e sabor, resulta impossíbel adivinhar a sua idade, porque continua parecendo novo. Côr escura, perfume embriagador, textura aveludada, fresco e limpo, suáve, intenso, equilibrado, elegante, complexo, puro, bem perfílado, profundo e longo. A perfeiçón! Comprehende-se, porque o nosso amigo Ilha afirmaba, que os homes a partir dos quarenta anos, só se namorabam dunha garrafa de vinho!
A cidade estaba cheia de retratos de Stalín —e isto provocou a observaçón indiscreta de um dos nossos companheiros: a demonstraçón de solidariedade irrestricta non impressionava bem o exterior. A senhora Nikolskaya ouviu com paciência a crítica azêda, xulgou-a, cortêsmente, leviana e absurda: nenhum russo admitia que as cousas se passassem de outra maneira. Essa réplica isenta de motivos era, no meu xuízo, superior a um longo discurso esteado em razóns. Estávamos diante de um facto, e condená-lo à pressa, ao cabo de alguns passeios na rua, parecia-me inxenuidade. Com certeza êle era necessário, e devíamos, antes de arriscar opinión, investigar-lhe a causa. Realmente non compreendemos, homes do ocidente, o apoio incondicional ao dirixente político; sería ridículo tributarmos veneraçón a um presidente de república na América do Sul. Non temos em xeral nenhum respeito a êsses indivíduos. Pelo contrário: a massa experimenta prazer em atacá-los, os xornais da oposiçón encarniçam-se em apontar-lhes as mazelas, reais ou imaxinárias. O amor a um poder, na verdade bem precário, faz que essas criaturas se resignem a tomar diàriamente um banho de lama. Verdades e calúmnias confundem-se. Hoxe em cima, em baixo amanhá, prêso a interêsses inconfessábeis, obrigando a mendigar o voto, alargando-se em promessas num instante esquecidas, o home público é um ser mesquinho. Habituamo-nos a xulgá-lo trapaceiro e venal; as suas palabras em tempo de eleiçón, ôcas e abundantes, som para nós desgraçadas mentiras. Bem. Trazemos no espírito a lembrança dessa figura triste, non a podemos afastar de chofre —e, chegados aqui, somos levados a compará-la ao estadista que passou a vida a trabalhar para o povo, nunca o enganou. Non podería enganá-lo. Esforçou-se por vencer o explorador, viu-o morto —e sería idiota supor que, alcançada a victória, desexasse a ressurreiçón dêle. É, desde a xuventude, um defensor da clásse trabalhadora. Esta expressón, razoábel há trinta e cinco anos, tornou-se desarrazoada, pois aqui xá non existem clásses. Dedica-se ao trabalhador, e efectivamente non há, nos tempos que correm, grande mérito nisto. Difícil foi tomar o partido dos pobres no princípio do século, quando a teimosa resistência o levou à Sibéria e à tortura. Hoxe a dificuldade sería escolher alguém a serviço dos patróns. Essa xente esvaíu-se na Unión Soviética, e a pessoa desexosa de servi-la necessitaria procurá-la no exterior. Se examinarmos as cousas com os olhos do capitalismo, chegaremos à conclusón de que o traidor sería unha espécie de herói. Non precisamos intelixência para compreender esta cousa simples: lá fora, onde a luta de clásses cada vez mais se acirra, o político, um boneco nas máns do proprietário, non tem meio de rebelar-se ou ficar neutro, pois isto lhe ocasionaría a derrota; neste país, libre da questón milenária, o suxeito recebe um mandato e fica na dura continxência de ser honesto. Se admitimos ésse infalíbel procedimento num deputado quirguiz ou siberiano, como pôr em dúvida o home que, em mais de cinquenta anos de prodixiosa labuta, se transformou num símbolo nacional? No começo foram os perigos, a vida subterrânea, o cárcere, o degrêdo, horríbeis sofrimentos e a certeza de conseguir viver bem afastando-se dêles; em seguida a tarefa xigantesca, sem pausa, a construçón dêste mundo novo que visitamos com assombro.
A existência de unha consciência moral é um facto inegábel. Em qualquer lugar estamos sempre rodeados de xuízos morais emitidos pelos outros ou por nós próprios, tais como “isso non se faz”, “bem feito” e outros parecidos. Entón, em que se baseia a moralidade? E tornando a nossa pergunta ainda mais concreta: como lhe dar resposta, se estamos cada vez mais cientes da diversidade de crenças morais que os homens foram mantendo em diferentes momentos ao longo da história, em diferentes culturas ou até dentro de unha mesma sociedade? O confronto com essa variedade pode muito bem levar-nos a renunciar à tarefa de fundamentar a moral, pois é possíbel que nos possa convencer que, através dos xuízos morais com suposta validade universal, os seres humanos non apresentem mais do que os seus gostos, os resultados da sua cultura e educaçón, que, em suma, do ponto de vista daqueles que os ouvem, pode muito bem parecer unha mera escolha pessoal, um costume ou unha moda, senón mesmo um preconceito. Xá Montaigne escrevera no seu ensaio “Dos Canibais” que “cada qual considerará bárbaro aquilo que non pertence aos seus costumes”. Neste caso, o filósofo moral experimentará a tentaçón do cepticismo, reduzindo a sua abordaxem à de um sociólogo ou psicólogo da moral. Contudo, se xulgássemos que Hume seria um céptico a esse respeito –um relativista, como diríamos hoxe–, estaríamos completamente errados. Para o filósofo escocês, encontrar a orixem da moral e defender abertamente alguns princípios de validade universal era exactamente a mesma cousa. Quando às diferenças de costumes que observamos em diferentes sociedades, é bem possíbel que estas non passem de algo muito superficial, manifestaçóns forçosamente convencionais de princípios que som, no fundo, idênticos. Hume debruçou-se sobre este problema ao lembrar que: (…) “muitas das formas que adoptam as boas maneiras acabam por ser arbitrárias e informais; mas aquilo que expressam é sempre o mesmo. Um espanhol sairá da própria casa à frente do seu hóspede, para demonstrar-lhe que passa a ser também dono dela. Noutros países, porém, o proprietário será sempre o último a sair, como sinal natural de certa deferência e consideraçón. É facilmente observábel aqui que a mesma deferência (o mesmo significado, diríamos) é evidenciada usando formas contrapostas. Por trás da diversidade pode muitas vezes encontrar-se a uniformidade.
Em 1809 o exército de Soult tentou ali atravessar o rio para iniciar a ocupaçón de Portugal. A pouca tropa existente correu a marxem do rio, acompanhada por unha multidón de camponeses, e impediu o desembarque francês. O feito non impediu que Soult non viesse a entrar no país, pola fronteira de Chaves, alguns dias mais tarde, mas foi festexado pola populaçón como unha victória definitiva, e ficou na memória popular como o mais glorioso fasto da vida local. Ainda hoxe o feriádo municipal comemora essa guerra na ribeira. A quem quer que sexa afeiçoado às leituras históricas, a vila recorda os viscondes de Vila Nova de Cerveira, título que se notabilizou principalmente por um motivo: foi um visconde de Vila Nova de Cerveira um dos ministros que receberam a pesada herança de suceder ao marquês de Pombal, quando o estadista foi demitido e expulso de Lisboa. Pouco antes da nomeaçón para ministro, tinha a viscondessa requerido que o interditassem porque era tonto e incapaz de governar a própria casa. Era o décimo quarto visconde. A história do título non deixa de ser curiosa. Entre os galegos que se puseram ao serviço de D. Joao I, rei de Portugal, andava um certo Fernán Anes de Lima, que axudou o rei no cerco de Tui em 1398. Ou a axuda foi grande, ou ele se insinuou no ânimo do rei; o certo é que este lhe doou a terra de Arcos de Valdevez, e o Paço de Giela. Um seu filho, Leonel de Lima, conseguiu suceder nesses bens, apesar de isso infrinxir a Lei Mental, pois que era filho segundo. Conseguiu, além disso, a nomeaçón de alcaide-mor de Ponte de Lima, e foi por fim feito visconde de Vila Nova de Cerveira. Era a primeira vez que em Portugal se fazia um visconde, e quando nos documentos se diz apenas “o visconde” é deste que se trata. Ambos os filhos do “visconde” deram que falar. O mais velho, Joao de Lima, ficou famoso na galanteria cortesán. Depois de muitas aventuras, embrulhou-se com unha mulher poderosa, Dona Catarina de Melo, filha do alcaide-mor de Évora. Imaxino-a bela e fria como unha estátua real, e vexo-a assim porque a alcunha que na corte lhe davam era a de “Rainha de Pedra”. Simples alcunha, porque ninguém é de pedra. Agradou-se da conversa daquele D. Joao minhoto e caiu na artimanha do casamento a furto. Era o casamento clandestino, que os próprios noivos podiam celebrar sem a presença de terceiros. Bastaba que, de mán na mán, pronunciássem as palabras sacramentais: “Eu recebo, …, por palabras de presente como manda a Santa Madre Igrexa.” E ficavam casados perante Deus, embora o mundo nunca o viesse a saber. Os namorados recorriam muito a esse truque quando habia desigualdade de estado ou de fortuna, e portanto oposiçón familiar; postas perante o caso consumado, as famílias acabavam por ceder. A “Rainha de Pedra” recebeu-o por esposo desse modo, mas quando o ventre começou a inchar esixiu-lhe que tornasse público o casamento. Ele assim o fez, mas apareceu entón outra beldade, Dona Catarina de Ataíde, dama da infanta Dona Xoana, a xurar que a esposa lexítima era ela, que tinha casado primeiro, claro que também a furto. Ele non negou. A causa subiu até Roma, e o xulgamento foi o de que o primeiro casamento era o único valioso. Mas a “Rainha de Pedra” non demorou muito a achar quem a quisesse, apesar do escândalo que o caso provocou. O próprio bígamo non parece ter tido grandes contratempos, visto que manteve todas as suas honrarias, e chegou mesmo a ser guarda-mor do rei D. Xoán II, funçón reveladora do muito apreço real. O irmán deste D. Xoán era um Fernán de Lima, criatura muito da amizade do “Príncipe Perfeito”, de quem foi copeiro-mor e guarda-costas. O rei deu-lhe ordem para estar sempre xunto dele, “secretamente armado”, diz Braamcamp Freire, que revela boa parte destes enigmas: Comia o que o rei comia, bebia o que o rei bebia, e há muito quem relacione isso com o facto de ter adoecido quando o rei adoeceu, e morrido como el morreu. Da mesma morte estranha, “inchados e solutos”, pereceram mais dous homes de mán do rei, o copeiro-pequeno Estêvao de Sequeira e o home de copa Afonso Fidalgo. Quando Fernán de Lima morreu, era ele o alcaide-mor de Vila Nova de Cerveira, porque o pai, ainda vivo, tinha a alcaldia de Ponte de Lima e era no paço afortalezado de Ponte de Lima que residia. Suponho que por isso non existe aqui em Vila Nova nenhum grande edifício a recordar essa família vinda do outro lado do rio, e destinada a tamanhas culminâncias do lado de cá.
Para evitar unha alerxía ao pólem, Heisenberg instalou-se na ilha alemán de Helgoland, no Mar do Norte. Em 1925 estudaba unha forma de calcular a intensidade das linhas espectrais do hidroxénio. Quando um átomo emite luz, non o fái em todas as frequências possíbeis, mas em frequências muito específicas, que podem ser utilizadas para o identificar. Comprehender a razón do porqué destas frequências e ser capaz de calcular a intensidade de cada unha delas, era na altura, um problema em aberto. Sendo o hidroxénio o átomo mais simples, sería lóxico começar por ele. Concentrou-se totalmente no problema das linhas espectrais. Depois de muito pensar, descobríu que a chave podería estar na introduçón nos seus cálculos de certas quantidades que se multiplicabam de unha forma algo peculiar, non comutativa, ou sexa, para as quais “A x B non é o mesmo que B x A”. Isto intrigou-o um pouco, mas como tudo parecia encaixar, decidíu escrever um artigo científico com as suas descobertas. De regresso a Göttingen, mostrou os seus resultados aos seus colegas Max Born e Pascual Jordan, que reconhecerom imediatamente a presença de matrizes nas equaçóns de Heisenberg, algo que tinha passado completamente despercebido. Na sequência desta descoberta, Heisenberg, Born e Jordan trabalharam em conxunto para desenvolver a “mecânica quântica” utilizando matrizes para descrever quantidades observábeis. O seu grande triunfo foi a criaçón da “mecânica matricial”. Também em 1925, e independentemente de Heisenberg e dos seus colegas, o austríaco Erwin Schrödinger estaba a trabalhar na equaçón que viria a ter o seu nome. No seu caso, a motivaçón e o ponto de partida forom bastante diferentes.
Trata-se, de facto, de unha laboriosa guerra de trincheiras, mas que se desenvolve no plano discursivo. Luta-se por tomar um significante como se luta por tomar unha colina. O mais importânte, segundo Ernesto Laclau, é apoderar-se daquilo a que ele chama “significantes vazios”, “significantes non associados a nenhum significado particular” por estarem carregados de sentidos que competem por “enchê-los”, e que apenas tomam partido temporariamente por um deles quando unha nova fronteira os ancora e associa a unha identidade popular que, assim, conquista lexitimidade com unha pretensón universal (Laclau “A Razón Populista). As palabras como “pátria” ou “progresso” som susceptíveis, como vimos, de significar cousas muito distintas. E a batalha ideolóxica crucial é a de saber encher essas palabras –às quais ninguém pode renunciar– do significado que convém. Trata-se de colonizar o discurso a nosso favor, xogando com os termos e com os significados, até se conseguirem apoderar daquilo a que costumamos chamar “senso comum”. A luta dos sectores mais desfavorecidos é por demonstrar que eles som o pobo lexítimo, o verdadeiro pobo, que as suas som as verdadeiras reivindicaçóns da sociedade no seu conxunto. A luta política, diz-nos Laclau, é sempre a luta de unha “parcialidade” para conseguir “funcionar como a totalidade da comunidade”. Em todo o caso, a cousa estaba xá perfeitamente prevista no texto de Marx que citámos ao começo do capítulo: a luta de unha clásse social pola hexemonia consiste sempre em “imprimir às suas ideias a forma do xeral”, do “racional”, do universal e inevitábel. A batalha polo controlo e por atribuir um novo significado aos universais é, loxicamente, crucial.
SERMAO, SÍNTESE E SINOPSE DO SURREALISMO SALOIO, DEPOIS DE UNHA BORRACHEIRA COM VINHO DE SILGUEIROS.
O Surrealismo Saloio é muito sério e declara que o Presidente da República, nao é palhaço, nem tem azedumes com trabalhar ou nao. No entanto, nao sabemos se algunha vez sonhou com ser palhaço, nem se mandou o trabalho à fava, durante a sua traxectória vital. O Surrealismo Saloio, nao se preocupa com a vida dos Presidentes; só se interessa pela moda dos Armazéns de Revenda (principalmente, pelas ceroulas, porque sao elementos eróticos de grande calado, para os homens que ultrapassaram os quarenta anos). O Surrealismo Saloio, depois de fazer unha sondagem séria, como as que realizam os partidos políticos. Soube que as mulheres, exigem cada vez mais homens com ceroulas. O enredar das ceroulas, provoca orgásmos múltiples e arrebita os mamilos. O homem, no entanto, nao prefere nada; depois dos quarenta anos, ama as garrafas de vinho e o aconchego erótico do sofá. O Surrealismo Saloio, intercala valores morais e artísticos. Ama o despropósito da bicharada da clásse média em extinçón, nao por ser média, mas, por estar em vias de desaparecer. Aguarda em clímax, o seu desaparecimento efectivo, para venerar o que nao existe, por isso, Deus é venerado; se existisse, seria odiádo, como é odiádo Satán. O Surrealismo traie constantemente, as Letras; nem lê José Saramago, nem Urbano Tavares Rodrigues. Decanta-se sabiamente pela conjuntivite, que provoca a leitura do semanário Expresso, numa manha de Domingo. O Surrealismo Saloio, fará uma teatralizaçao onde evidenciará a importância da banana frita e o arroz malandrinho. O Teatro está por designar, porque ainda nao foi encontrada a rua que seja o suficientemente gandûla, para permanecer eternamente luxuriosa.
O mesmo Santo Agostinho reconhecia nas “Confissóns” que a leitura de “alguns libros de filósofos platónicos” tinha sido determinante no processo de superaçón do maniqueísmo e que acabaria por conduzir à sua conversón. Chegou a hora de ver o que é que Santo Agostinho retirou da filosofia platónica e, para isso, deberemos começar por fazer unha rápida revisón da filosofia do ateniense e dos seus discípulos. Platón (Arístocles) é universalmente conhecido pola sua teoria das Ideias ou Formas, com que se propôs conciliar “a imutabilidade do ser” com “a diversidade do mundo” da nossa experiência. Como se lembrará o leitor, o que fazia com que dous cavalos diferêntes, fossem, apesar das suas diferênças, cavalos, era o facto dos dous quadrúpedes da nossa experiência “participarem” do único e imutábel cavalo real, a Forma ou Ideia de cavalo. Assim, a realidade compunha-se de um conxunto de entidades reais transcendentes, únicas e imutábeis, as Ideias, das quais os obxectos da nossa experiência non eram mais do que cópias imperfeitas. Contudo, a filosofia platónica representava unha realidade essencialmente estáctica, a qual, em todo o caso, nos dava conta do ser das cousas, mas non de como chegavam a ser ou do seu devir no mundo senssíbel. Xá só no final da vida é que Platón introduziu na sua teoria um elemento dinâmico, algo que nos permitisse explicar non só o que era a realidade, mas também como e porquê chegava a ser o que era. Referimo-nos ao célebre “Demiurgo” que encontramos no diálogo Timeu. Apesar das diversas interpretaçóns de que esta figura tem sido obxecto, existe um amplo consenso em ver no “Demiurgo” o princípio ordenador da realidade, a figura que permite salvar a distância entre o mundo transcendente das Ideias e os obxectos da nossa experiência senssíbel. O “Demiurgo” representa a realidade senssíbel, tendo como modelo o mundo ideal e eterno das Formas e imprimindo um princípio de racionalidade e ordem sobre um material imperfeito e caótico (sem forma). É fundamental manter sempre claro que este “Artesán Divino” é algo como a “Intelixência divina” operante no mundo, mas non é, em caso algum, um Deus criador: o Demiurgo non cría, nem as “Ideias” (que possuem unha existência independente dele) nem a matéria sobre a qual actua.
Do consagrado poeta neotérico esperába-se mais ou menos um epilio. Catulo tería ambicionado emular a Cina, cuxa “Zmyrna” admiraba tán apaixonadamente. “As bodas de Peleo e Tetis”, como se chama xeralmente ao 64, é o poema mais longo e ambicioso de Catulo, sem dúvida a que intentou que fora a sua obra mêstra; um fermoso poema só parcialmente lográdo, mas necesário para conhecer a Catulo. Este non passou nove anos trabalhando nele ( ¿há unha nota de burla na sua alabança a Cina?), mas tampouco foi escríto num só arrebato de excitaçón, nem com facilidade. O 64 é erudícto e laborioso, um especíme de arte, estrictamente premeditado. (…) Peliaco quondam prognatae vertice pinus / dicuntur liquidas Neptuni nasse per undas / Phasidos ad fluctus et fines Aeeteos… (Noutro tempo, pinheiros nascidos no cûme do Pelión nadaron, afirma-se, a través das límpidas ondas de Neptuno, até às águas do Fasis e ó reino de Eetes…) É próprio da essência desta poesía, que non debe haber dissimulo dos meios polos quais obtem os efeitos. Um leitor da Antiguidade reconhecería imediatamente certos rasgos. (…) “Os Argonautas desfraldam velas, as Nereidas surxem do mar e imediatamente Peleo se apaixona por Tetis.” “¡Mísero Catulo, deixa de fazer loucuras e o que vés que se perdeu, dá-o por perdido. Brilharom noutros tempos luminosos dias para tí!” “No fulgurante mundo mítico, Catulo entrevé que a felicidade de Peleo há de ser pura e non perturbada: tais forom os vaticínios com que um dia a voz divina das Parcas anunciou a Peleo o seu venturoso destino.” “Catulli Veronensis Liber” “¿A quem vou dedicar o meu agraciádo librinho novo, recém cepilhádo com árida pedra pómez? A tí, Cornelio: pois tú parecias estimar em algo as minhas bagatelas, xá desde que, único entre os itálicos, ousáste expôr a história de todos os tempos em três libros doctos, por Xúpiter, e trabalhosos. Aceita, por tanto, como cousa tua este librinho, valga o que valer. ¡Que ele, ó virxem protectora, sobreviva intacto mais de um século!” Com este poema breve e oportuno, do qual prácticamente non há precedentes, Catulo apresenta-se a sí mesmo e ao seu libro.
É preciso, contudo, reparar com atençón num assunto importânte: aqui non se trata de recordar aquilo que fez o capital ser capital, mas aquilo que faz o capital ser capital. Non se trata de recordar unha história, mas de que essa história nos permita “recordar”, num sentido inequivocamente platónico, unha “estructura”. Non se trata de unha investigaçón sobre as orixens históricas, mas sobre as “condiçóns” sem as quais non há modo capitalista de produçón. Non se trata de como “se formou” o modo de produçón capitalista mas de “em que consiste” este modo de produçón. A pergunta continua a ser estrictamente socrática: “o que é…?” Non que entre os parlamentares ingleses tenha xerminado um repentino interesse pola história da Inglaterra, mas que experiências como as do senhor Peel fixéram com que se apercebessem de que, apesar de toda a sua “experiência” a esse respeito, non se sabe “o que é o capital”, xá que non se consegue perceber o que é que tinha ficado “esquecido” em Inglaterra. Tal como xá tinha previsto Platón, o “eîdos”, a “estructura”, permanece sempre oculto, esquecido, na nossa vida quotidiana, no mundo da nossa experiência. Assim, Marx non empreendeu unha investigaçón do “passado”, mas, pelo contrário, deitou máns à obra para revelar a “essência do presente”. Unha “essência” que, misteriosamente, aparecia como invissíbel e impossíbel de experimentar ali onde o que habia era, precisamente, capitalismo. “Algo”, portanto, que estivera “ausente” em toda a sua análise do capitalismo, e que, no entanto, era a “condiçón” que conferia a cada peça a sua “definiçón” e a sua “realidade”. Assim, por exemplo, os operários non eram operários por levarem unha vida como tal (deambulando por Manchester ou viaxando num barco rumo a Nova Holanda): eram-no porque ocupavam um “lugar estructural” que os definia como operários, independentemente do que fizessem ou deixassem de fazer após o toque do despertador. Se se comportavam como operários era porque viviam sob unha condiçón: a de “carecer de meios de produçón”, a de “terem sido expropriados das suas condiçóns de existência”. Esta “condiçón estructural” é aquela que permite dizer que esses suxeitos que se comportam como operários, além de se comportarem como se o fossem, eles “som-no”. E continuaram a ser operários enquanto non mudarem essas “condiçóns”, independentemente do que façam ou deixem de fazer ao ouvir o despertador. Xá o comentámos: um operário que decide fazer ouvidos de mercador ao despertador non deixa por isso de ser operário, apenas se transforma num operário no desemprego.
Predin as catástrofes coa mesma facilidade que as provocan. Non lles chega que a lei conceda o dereito á libre empresa, ao comércio, á plusvalia, queren exercer todo isto en propriedades alleas, públicas, universais.
DEMAGOXIA
Agora non valen as demagóxias, non se pode dicer que se vai paralizar a construcción por falta de matérias primas do rio. Segundo esa teoría, Madrid non existiria; non se pode argumentar que se perderon quarenta postos de traballo cando se tiñan destruido mil; non se pode admitir que o beneficio que deixaron de perceber dez familias sexa unha catástrofe, porque o producido pola pesca, por parte de ser meirande, estaba distribuido en setecentas. A realidade máis palpábel é o grave deterioro sofrido no habitat do Miño que agardamos non sexa irreversibel.