
Mas, non me fún deitar. Estaba de mal humor e, um pouco ao albur, logo decidín ir de aventura, sem demasiádas esperânças. A noite da costa resultaba hospitalária e também taimada. Poucos acababam nalgunha cama desconhecida e os muitos cascándo-a em qualquer esquina. Pese à minha posiçón no hotel, era um rapáz tímido e inseguro, e as aventuras improvisadas non se me daban bem. Busquei o Villán e xá estaba deitado trás a sua dura labor de esfrégapratos. A sua vocaçón non era a industria hoteleira e tinha aceitado aquel trabalho para permanecer algunhas semanas na costa. O Villán non dormía no hotel, senón nunha pensón que, por economía, compartía com um canalizador huranho e avarento. O Villán refunfunhou, mas acabou acompanhando-me. Fomos sempre de “club” em “club”, buscando os mais ruidosos. Se a nossa conducta era reflexo do nosso estado de ânimo, logo se vía que, com aquel ânimo de derrota, non chegaríamos muito lonxe. O vinho, ou similares, resulta, nestas circunstâncias, um mal vinho. O vinho só produze efeitos benéficos quando o ânimo está predisposto para a alegría. Há beodos tristes, e esse caminho levábamos nós. Assim que, passada longamente a meianoite, quedámos varádos na terraza, perto da praia, do “Cristina Filibustera”. Alí arribabam, náufragos da noite, os borrachos mais melancólicos de toda a costa; ensimismados, esperabam o amanhecer como unha renovaçón da vida, que nunca se producía. Perto de nós había duas raparigas, que non tinham pinta de derrota, senón de despiste. Tampouco tinham ar de extranxeiras e eran muito fermosas e non facíam caso de nada do que acontecía ó redor. Polo tanto, se eram bonitas, non estabam borrachas, non eram extranxeiras e passabam totalmente de nós, tinham que ser fusureiras, seguro! Assim, que lho comentei ao Villán, respondeu-me, que non fora cafre, que tinha que ver unha cousa com a outra? Ao pouco tempo, começarom a non sacar-nos o olho d’rriba, ou sexa, que o Villán tinha razón: non eram “bolhacas”. Pedímos liçênça para sentar-nos ó seu lado e foi concedída. Como passa com frequência quase sempre, unha era mais agraciáda que a outra, e non sei como se arranxou o Villán para se arrimar à mais “boa”, e parecía parbo o nene! Pedímos uns “gin-fizz”, que o empregado de mesa colombiano, nos preparou com esmero, a pesar de estar de “mala leche”: sumo de limón, xinebra de marca enfriáda ao contacto com xelo, reborde de copa com limón e um pouco de azúcar. Perfeito! Elipio Aldansa, o colombiano, era conhecído meu e non íba a dar-nos da venenosa xinébra de garrafón, que daba a todos os demais. E, non a daba de borla. Estaba farto daquel trabalho, que o escravizaba toda a noite, mentras todo o mundo disfrutaba. Depois de muito mo pedir, eu tinha-lhe prometido levá-lo para o hotel, tán pronto fora possíbel. Durante o inverno, Elipio estudaba algo de texteis, non sei exactamente qué? Alí, em “Cristina Filibustera”, ninguém o controlaba nos asuntos da caixa e facía o que quería. Ademais de convidar aos amigos, eu acredito que metía até os cotovelos. Se entrára no hotel, a caixa nem sonhar com ela. Eu, mesmo, velaría por isso. O caso é que, Cristina Filibustera, que tinha dado nome ao bar ou o bar a ela, non o sei, estaba enconada por el e o fulano a chuleaba. Cristina, permitía-lhe tudo, com tal de que cumpríra na cama. Cristina, murciana brava, demasiádo brava para um marido bondadoso e doênte, ao qual non lhe quedabam forzas para nada. Eram públicos, os devaneios e os líos de catre de Cristina, unha autêntica depredadora de homes e, pese a tudo, talvez “boa”. Unha corsária altíssima de pernas, exacta de busto e de traseiro, desparramada de cabeleira, insaciábel de sexo. Quería ao seu marido, dentro de unha ética um pouco azarosa, mas ao fim e ao cabo ética. Salvo em asuntos de cama, era abnegada e carinhosa e o trataba com esmero. Cuidado, com chamar cornudo ao seu marido, porque o valente podía tumbar fulminádo.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO