
Os historiadores referem que nesta derrota de Jena se encontra talvez a chave do nacionalismo alemán e da esixência de unificaçón, da constituiçón de um Estado que pudesse competir com a França. Para os interesses do presente trabalho, o importânte é referir que, em alguns dos espíritos que proclamavam esta necessidade, a ideia de revolta pesava menos do que a ideia de emulaçón. Tratáva-se de construir a naçón alemán, sobre as bases do ideário político liberal (obviamente, no sentido que entòn se dava ao termo) que caracterizava a naçón saída da revoluçón… Xá foi dito que na própria noite em que se efectuavam os preparativos para a confrontaçón, Hegel se esforçava por escrever as últimas páxinas da sua “Fenomenoloxia” e que, de facto, teria posto o ponto final nessas horas. Vive, sem dúvida, unha cisón interna: o seu país é derrotado e a cidade onde ensina filosofia é ocupada… Mas non por qualquer pessoa. Daí o tom exaltado da carta que Hegel escreve a Niethermayer, datada de treze de Outubro, comparábel à que revelam uns fragmentos da conversa de Goethe com Eckermann, também relativas ao imperador. Ao contrário de Goethe, Hegel nunca se encontrou com Napoleón. Diz-se que o imperador fez com que um dos seus conselheiros lhe resumisse em algunhas folhas a filosofia de Kant, e também que lha expusesse em quatro horas. Nada análogo a respeito de Hegel, o reconhecimento foi unilateral. De algunha forma, pode dizer-se que Hegel xulgava ser o único que realmente reconhecia o home histórico, via a verdade que Napoleón representaba e que escapava ao próprio protagonista, via o Absolucto como história. Tudo isso é simultaneamente grandioso, confuso e algo febril. A visón herdada de grandes hegelianos como Alexandre Kojève é, em síntese, a seguinte: nessa noite em que a “Fenomenoloxia” se encerra, o proxecto revolucionário parece também encerrar-se. Seguir-se-án, certamente, novos acontecimentos, haberá seres felizes e seres infelizes, continuarám a travar-se combates de interesses empíricos, mas o que xá non haberá é luta por um ideal, e isto simplesmente porque, depois do que a Revoluçón Francesa encarnou, xá non habería ideal social que valesse. A Batalha de Jena seria o final das batalhas com sentido, o “fim da história”. Utilizou-se tantas vezes no nosso tempo esta expressón que o leitor talvez lhe custe acreditar que xá se pudesse aplicar ao mundo que sobreviveu à Batalha de Jena. “Tantas cousas aconteceram desde entón!”, dirá o leitor. Mas, realmente, acontecerom assim tantas cousas? Depende um pouco do que se entenda por “cousas” e do que se entenda por “acontecer”.
VÍCTOR GÓMEZ PIN