
De todos os nossos monumentos megalíticos, ninguns como os “tumulus”, nem mais numerosos nem mais afortunados guardadores de restos pertencentes ao home e às primitivas antiguidades galegas. Encontra-se a cada paso, atopam-se com unha abundância notábel; ainda agora, e em mais de unha ocasión, tropeza o arado em breves montículos de terra que guardam as zinças do heróe, ou penetrando neles, os desfai e pôn à vista a cámara sepulcral que cobrirom durante séculos. Contando com os que desaparecerom nestes últimos anos e os que em passados tempos foram destruídos pola cobiça e indiferênça pública, poderá afirmar-se com razón que o país galego esteve um dia coberto de mâmoas. Vasto e antiquíssimo cemitério que de chegar até ao presente, nos habería de rebelar talvés o indescifrábel mistério das nossas origens! O primeiro que ponhem de manifesto tan pronto se entra no estudo destes importântes monumentos, é o seu destino funerário: non assim o de ara, por mais que venha a ser o seu natural complemento e consequência necessária. Os que o negan assím como os que non asignam ao “tumulus” o duplo emprego de sepulcro e altar, esquecem mais do debído as ideias a que rendíam culto as tribus primitivas. Ainda que controvertíbel, non é este ponto de difícil solucçón, e oxalá sucedese o mesmo na matéria da orixem e dos povos a quem se debem; mas neste caso sim que as opinións som muitas e som opostas, posto que se relacionan com o incerto e remotíssimo pasado ao qual nada será capaz de devolver a vida. O edifício que se levante sobre os breves dactos que posseemos e do que deles se desprende, non pode ter fundamentos muito sólidos. Escasseam as probas, e é de suspeitar, que non chegará (em muito tempo ao menos) no caso concreto das nossas orixes, a um conhecimento certo, a unha verdade científica inquestionábel, da qual poida partir-se confiado e à qual se poida também volver com seguridade quando queira estudar-se melhor. (…) Heis aquí porquê quando se estudam os monumentos megalíticos no tocante aos homes que os levantarom, ao destino que tivérom e ao simbolismo que encerram, tropezá-mos com as dificuldades que entranha o feito de non conhecer debidamente esses homes, esses símbolos. Tán grandes dificuldades se multiplicam até ao infinito, (…) só é evidente o destino, e o obscuro da sua orixe.
MANUEL MURGUÍA