
Difícil será enfatizar suficientemente a importância de tudo isto para Hume. O seu anticlericalismo encontra-se expresso, por vezes de forma muito vehemente, em vários textos. Por exemplo, em “Da Superstiçón e do Entusiasmo” e na “História de Inglaterra”, onde descrebe as consequências perniciosas da relixión popular para a conducta humana e para a sociedade; ou em “Dos Caracteres Nacionais”, em que ataca de forma extremamente mordaz o carácter profissional dos sacerdotes, dos clérigos e dos padres. Na Parte XII dos Diálogos, Hume enumera mais unha vez as consequências nefastas da relixión. Tumultos, guerras civis, perseguiçóns, opressón, escravatura, finximento, falsidade, hipocrisia e fanatismo som apenas algunhas das consequências para a vida política e para a conduta humana, que Hume apresenta para xustificar a necessidade de separar a moral da relixión; e é claro que ele entende que esta pretensón é reforçada polo facto de a crença em Deus non ter xustificaçón racional.
DAVID HUME (DIÁLOGOS SOBRE A RELIXIÓN NATURAL)