
Em Alexandría, Calímaco foi unha personalidade dominante, um erudícto da escola incríbelmente ilustrado e laborioso, um poeta cortesán. Unha personalidade dominante, mas non um dictador literário: a postura de Calímaco é à vez polémica e defensiva. No final da sua vida fixo unha apoloxía da sua traxectória pética. Posidipo, Asclepiades e alguns outros o tinham atacado duramente, a xulgar pola vehemência da sua réplica mordaz. A famosa negativa de Calímaco a escreber épica indica a existência de unha opinión âmplamente extendida de que os poetas debiam escreber poesía épica e de certa expectativa, possibelmente por parte dos que estabam em cargos elevados. Calímaco non tivo um efeito decisivo sobre a poesía grega, nem durante a sua vida nem depois da sua morte, ainda que foi lído durante séculos. Continuou-se a escreber obras épicas: épica sobre monarcas ou senhores guerreiros, sobre temas mitolóxicos e com relaçón à história de um povo ou unha rexión. A ideia de Calímaco sobre a poesía expressa-se sobre tudo na sua apoloxía, unha esixente e fermosa denûncia dos seus inimigos –os telquines, como lhes chama, anóns literários de mala natureza– . “Os telquines, que som ignorantes e inimigos da Musa, murmuram da minha poesía porque non fixem unha única cançón, ininterrompida, de vários miles de versos sobre reis e heróes. Mas eu fago avanzar o meu poema um pouquinho, como um neno, ainda que as décadas da minha vida non som poucas… (Os poemas curtos de Filitas e Mimnermo som melhores que a sua lonxitude.) Que a grulha que se deleita com o sangre dos pigmeos vôe lonxe, de Exípto aos tracios; e deixemos aos mesaxetas disparar as suas frechas contra o medo: os poemas mais breves –rouxinois– som mais suaves. ¡Lonxe, prole mortal da Invexa! No sucessivo, xulgai a poesía pola sua arte, non pola cadeia dos agrimensores persas. Non esperéis que eu alumíe unha grande cançón ruidosa: tronar non é a minha missón, senón a de Xúpiter. “Pois xá a primeira vez que dispuxem a plana sobre os meus xoelhos, me dixo Apolo Licio: “…a víctima, bom cantor, bem cebada hás de criar, mas subtil a tua Musa. Também te ordeno isto: holhar por onde andam os carros; levar o teu non por rodadas comúns ao resto das xentes, non por caminho chán senón por sendas sem trilhar, ainda quando tenhas que conducir por angosturas”. Continuam, versos conmovedores e melancólicos sobre a velhice do poeta. Calímaco, colocou este “testamento” diante do proemio orixinal das suas “Aetia” (Causas), que tinha escrito sendo xovem: o sonho hesiódico de iniciaçón polas Musas do Helicón. Incluso nesta retrospectiva pessoal abundam as alusóns pessoais a Homero, Herodoto, Minermo, tán temeroso de envelhecer, e ao Hercules furens de Eurípides, escrito quando o tráxico era ancián, como bem sabía o erudícto Calímaco. É impossíbel leer muito de Calímaco, aparte dos seus epigramas, sem ficar impressionado, ou deprimido, pola sua vasta erudicçón, mas sería unha perversón querer que a pedantería se pudéra disociar da sua poesía. Calímaco non era um poeta e um erudícto, era um poeta ou, mais bem, podia ser um poeta porque era um erudícto, um “gramátikós”, um home cuxa ocupaçón eram as letras.
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)