
A VIDEIRA SYRAH
A syrah é unha das variedades francesas clássica. Encontra-se na orixem dos grandes vinhos do Ródano, como o “hermitaxe” ou o “côte-rôtie”, e entra também na composiçón do “châteauneuf-du-pape” e doutros vinhos. Durante muito tempo pensou-se que a syrah era orixinária da cidade de Shiraz, no actual Irán, e que os navegantes gregos a tinham introduzido em Occidente. Mas, as investigaçóns históricas e ampelográficas, levárom a outra conclusón: podía ser orixinária do Delfinado, e descender dos lambruscos, lianas silvestres crescidas nos bosques, à beira dos rios e dos lagos, logo domesticada. A syrah oferta unha producçón regular e muito abundante, mas representa um desafio, sobre tudo, se é utilizada só. Aparece em numerosos vinhos, desde a Provença até ao Aude.
LUGARES ONDE SE PODE COMPRAR

A obsessón de Michel Chapoutier polo “terroir”, levou-o a afirmar: “Quero fazer unha fotografía perfeita do terroir”. “Ermitage Le Pavillon” consta de unhas quatro hectáreas de “Les Bessards”. É um chán conhecido como “sablón”, descomposto e ferraxinoso. As cepas de syrah, com unha média de sessenta e cinco anos, están cultivádas de maneira biodinâmica. Desde finais da década de 1980, Michel utiliza barricas que substituirom os velhos toneis de castanho que enchiam a adega nos tempos do seu pai. Um dos motivos polo que os enólogos adoptam a biodinâmica é para acentuar a expressón do terroir nos vinhos, e Michel adoptou a conclusón lóxica, produzindo várias cuvées individuais, entre elas a que nos ocupa. O de 1999 é denso e elegante, vigoroso e muscular, com sabores de alcatrón, herbas e aceitonas negras, um admirábel equilibrio e elegancia, e um final prolongado.
.

Os vinhos da grande denominaçón “Cornas”, do Ródano, a miúdo parecem mais cerrados na sua xuventude que outros syrah xóvens, e podem guardar um parecido extranho com as misturas à base de syrah de mais ao Sul. Non é o caso de Clape. Os vinhedos desta propriedade están situados em terrazas encaradas ao Sul, protexidas do ar seco do mistral. Os cháns som da típica arxila granítica. Todos estes factores contribuiem para produzir unha uva, que polo xeral madura com nivéis fantásticos de alcohol potencial e unha concentraçón sobrenatural. Vinifíca-se em fermentadoras de madeira aberta, seguida de unha combinaçón de vaciádos e trasegos para maximizar a côr e a extraçón de fenois. A continuaçón o vinho passa por unha maduraçón em barrica de dous anos, nunha mistura de grandes “foudres” e barricas mais pequenas. Na sua segunda década, a gloriosa anhada de 1990 começou a adquerir aromas de frutos secos –figos e passas–, unidos a notas fortes e caprichosas que aporta ao maduro ródano. Os taninos e a fruta mantenhem um perfeito equilibrio. Apresenta bocanadas de café e herbas, e acaba com um final belamente integrado.
.

Nos últimos trinta anos, Marcel Guigal encadeou um êxito detrás doutro com os seus “crus” Côte-Rôtie: “La Landonne”, “La Mouline” e “La Turque”. E quando obtivéron a aprobaçón de Robert Parker, os preços dispararom-se. A syrah procede das ladeiras arenosas ao Sul de Lyon. La Mouline é um côte blonde de vinhas de setenta e cinco anos, e é mais borgonhón que o côte brune, ao que alguns xuntan um trinta por cento da aromática variedade viognier. Em Guigal a proporçón aproxima-se mais ao 11% . Guigal também despalilha a uva para o “La Mouline”, mas deixa os xugosos escobilhos para elaborar o seu “La Landonne”. Este vinho é suave e seductor, com um aroma característico de groselhas e um ar de couro que lhe outorga a predominância de syrah. Os caldos do 2003 envelhecerom em carbalho novo quarenta e dous meses, o qual permite que a sua degustaçón sexa perfeita durante trinta anos. Steve Tanzer encontra aromas de frambuesa negra, carne afumada e nozes tostadas nos vinhos, com um toque de chocolate no retrogosto. Este caldo resulta ideal para acompanhar a carne de becada ou de perdiz.
LÉRIA CULTURAL