
Píndaro é o mais brilhante dos poetas corais do século V. Nasceu perto de Tebas, probabelmente sobre o 518 a. C., recebeu parte da sua educaçón em Atenas e escrebeu unha ode temperám, para o alcmeónida Megacles no ano do ostracismo de éste (486 a. C.). O medismo de Tebas nas Guerras Médicas debeu supor unha tensón para os que tinham fortes simpatías polos valores gregos de ordem, disciplina e valor na batalha. Segundo unha anécdota na Vita, Tebas multou-o com mil dracmas (dez mil em Isócrates) por compôr um ditirambo a Atenas. Certo número de pasáxes expressam a sua incomodidade nestes anos. Possíbelmente estas tensóns provocarom a sua estância em Sicilia, entre 476 e 474, onde compuxo a “Olímpica I” para Hierón de Siracusa e as “Olímpicas II e III” para Terón de Acragas. A obra de Píndaro abarca meio século. Escrebeu a sua primeira oda em 498, e a última em 446. As odes mais maxestuosas datam das duas décadas entre 480-460: entre as últimas, som especialmente impresionantes as odes 7 e 8. As datas dos epinicios, non obstânte, som a miúdo incertas. Os escolios ficam muitos sem datar, e quando é proposta unha data, non sempre resulta fiábel. Ainda que há muitos fragmentos de poemas perdidos, especialmente dos Peanes, os epinicios som a obra mais importânte de Píndaro e constituiem com muito o corpus de poesía coral grega de leitura constante mais grande desde a Antiguidade clássica á era bizantina e desde o Resurximento até ós nossos dias. Desde Horacio até Hölderlin, e incluso depois, até Ezra Pound, influírom poderosamente sobre o conceito moderno de “oda” e o alto estilo da inspiraçón poética. Para os críticos da Antiguidade, Píndaro representaba o estilo “severo” ou “rude”, difícil pola sua audaz ordem de palabras, abruptas transiçóns, altura no pensamento e na expressón. Horacio compára-o com unha águia remontando o voo e unha torrente precipitando-se; Longino equipára-o a um vasto incêndio. Ateneo fala de Píndaro o da “grande voz”.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)