
Os estoicos foram mais obxectivos nos seus estudos gramaticais e sintácticos. A tese da correspondência entre o pensamento individual e o “logos” universal, entre pensamento, linguaxem e realidade, torna compreensíbel o facto de eles sentirem um isomorfismo e até mesmo unha identidade entre as estructuras linguísticas e as estructuras do pensamento. O significado e a forma gramatical fundem-se, identificam-se. Cabe destacar, entre os seus principais avanços no campo gramatical, a distinçón da oraçón em cinco partes –nomes, verbos, conxunçóns (incluindo preposiçóns), artigos (incluindo pronomes e adxectivos demonstractivos) e advérbios–, a identificaçón dos cinco casos dos nomes e adxectivos gregos –nominativo, vocativo, acusativo, xenitivo, dativo– e a análise dos tempos verbais. Sem dúvida, os estoicos forom brilhantes linguistas e muitas das suas categorias chegaram até nós, por muito que non estexamos de acordo com as suas variadas concepçóns filosóficas acerca da linguaxem. Quanto ao sentido ou significado, os estoicos realizaram profundos estudos semânticos. Xá falámos da sua distinçón entre sentido e referência, unha percepçón que seria desenvolvida pola lóxica formal do século XX. Os seus estudos sobre as categorias gramaticais e conteúdos semânticos conduzem naturalmente à práctica da lóxica, no sentido moderno, restricto e formal do termo. Nesta matéria, som-lhes reconhecidos grandes contributos em quatro âmbitos diferentes: a distinçón entre diferentes tipos de enunciados, as regras para deduzir enunciádos a partir de outros, a determinaçón da verdade e da possibilidade e a necessidade dos enunciados e métodos de argumentaçón. Non entraremos em detalhe na análise destes desenvolvimentos, de elevado grau técnico. Mas devem ser recuperadas duas ideias básicas. A primeira, que a lóxica estoica acarretou um enorme avanço em complexidade relativamente à aristotélica, que fora a primeira grande sistematizaçón da matéria; a lóxica aristotélica era unha lóxica de termos (ou de predicados), enquanto a estoica é unha lóxica de proposiçóns ou proposicional (ou de enunciados). A segunda –que quase se pode inferir depois do que foi dito nas páxinas anteriores –é que o estudo pormenorizado da lóxica se apoia na suposiçón de que o pensamento está implícito na estructura do universo. O que importa é a comprehensón dos mecanismos da razón, porque a razón divina que rexe o universo, e à qual pertencem as almas humanas, é rexida polas mesmas leis que a primeira. Tanto nos acontecimentos naturais como na lóxica dam-se relaçóns de causalidade necessária quando existe um nexo verdadeiro entre antecedentes e consequências; e a verdade destes nexos é constituída polo “logos” cósmico.
J. A. CARDONA