
É verdade que houbo pensadores a argumentarem que a divindade é um ser “necessariamente existente” e tentaram explicar esta necessidade da sua existência afirmando que se conhecêssemos a sua essência, a sua natureza completa, aperceber-nos-íamos de que, para a divindade, é tán impossíbel o non existir como dous mais dous non serem quatro. No entanto, é evidente que isto xamais pode suceder –isto é, non podemos chegar a esse conhecimento — enquanto as nossas faculdades continuarem a ser as mesmas que temos actualmente. Apelando à experiência, non vemos que nos sexa possíbel, a qualquer momento, conceber a non existência do que anteriormente concebíamos como existente? Non pode, por conseguinte, afirmar-se que a mente vá encontrar-se algunha vez na necessidade de supor que um obxecto permanece sempre na existência da mesma maneira que se vê na necessidade de conceber sempre que dous mais dous som quatro. Em conclusón, as palabras “existência necessária” non têm qualquer significado ou, dito de outra maneira, non têm um significado consistente.
GERARDO LÓPEZ SASTRE