
DE REGIMINE PRINCIPUM. Xénero literário que consiste em aconselhar os príncipes e reis sobre a melhor maneira de gobernar. Também se chama “espelho de príncipes” e o melhor exemplo é “O Príncipe” de Machiavelli (1513). O “De regimine principum” de santo Tomás de Aquino é em parte apócrifo. De orixe oriental (budista), o xénero fíxo-se popular em Espanha desde a época da ocupaçón árabe, e continuou sendo importânte, até finais do século XVII. María Ángeles Galino Castillo contou oitenta e unha obras em espanhol e português que pertencem ao xénero, somente durante os séculos XVI e XVII. Gil de Roma (Egidio di Colonna) escrebeu “De regimine principum” em 1284 para Felipe, delfim de França. Juan García de Castrogeriz, traduzíu-o para castelán em 1435, mas, non se publicou até 1480 em Barcelona. Non obstânte, o xénero xá era conhecido por essa época e aínda antes, como consta por “Castigos e documentos”, atribuído a Sancho IV, e o Libro infinido de don Juan Manuel. Gómez Manrique escrebeu “Regimiento de príncipes” antes de 1478; Diego Ortúñez de Calahorra escrebeu a primeira parte de “Espejo de príncipes y caballeros”, que foi continuada por Pedro de la Sierra e Marcos Martínez; fray Antonio de Guevara é autor de “Reloj de príncipes” (Valladolid, 1529) e Diego Saavedra Fajardo leva o xénero à sua cima com “Idea de un príncipe político cristiano” (1640).
OXFORD