
Rawls non se cansa de repetir que os princípios de xustiça debem ser aplicados à estructura básica da sociedade e non a casos particulares. Defende-o porque vê a xustiça mais como unha virtude das instituiçóns do que dos indivíduos, e porque a sua teoria é política e non metafísica, ou sexa, non está comprometida com nenhuma teoria particular do bem, mas com as normas sociais de convivência, debido a um “pluralismo razoábel”. Por outro lado, Rawls está convencido de que as inxustiças sociais derivam de unha deficiente normalizaçón das relaçóns sociais. O que é inxusto non é ter nascido pobre ou com deficiências físicas. Inxusto é que a sociedade nada faga para impedir que essas continxências moralmente imerecidas perxudiquem socialmente os indivíduos. Essa inxustiça pertence ao coraçón da sociedade, à sua estructura, non é meramente fruto de determinados comportamentos individuais. Por isso, Rawls xulga que a forma mais eficaz de lutar contra as inxustiças sociais é transformar as instituiçóns sociais, tornando-as mais xustas. Podíamos pensar que seria preferíbel transformar directamente a sociedade, como propônhem Marx e os marxistas. Podíamos pensar que, por exemplo, enquanto existirem o capitalismo e a propriedade privada dos meios de produçón, os princípios de xustiça serán sempre avassalados pola força de unha realidade social intrinsecamente inxusta.
ÁNGEL PUYOL