
O que faz do rexime totalitário unha nova forma de governo é que o princípio que move as suas acçóns é o terror total. Non se trata do aparecimento de um tipo de violência espontânea dirixida contra a populaçón. A violência, afinal, pode estar presente noutras formas de governo. Polo contrário, o terror totalitário tem unha série de características que o distinguem de outros tipos de violência. Em primeiro lugar, é um terror que non para no tempo. Non há um ponto final, o sistema mantém-se em permanente movimento. Neste sentido, o terror revolucionário, por exemplo, termina quando o novo poder constituinte toma conta da situaçón de forma efectiva ou, no caso de outros tipos de terror, quando a oposiçón política é aniquilada. Porém, o terror totalitário non termina quando o rexime totalitário alcança o poder. O seu exercício é levado a cabo por organizaçóns especializadas – as SS e a Gestapo – , caracterizadas, num primeiro momento, polo secretismo das suas actuaçóns, pola especializaçón das funçóns e pola selecçón rigorosa dos seus membros. Mas sobretudo, e como segunda característica do terror totalitário, o facto de ser um terror que non tem ponto final, mostra-nos que foxe à categoria meios-fins: este tipo de terror non é um meio para alcançar um fim posterior — a tomada do poder, a eliminaçón dos inimigos, etc… É um terror que contradiz qualquer cálculo de utilidade. Por último, em terceiro lugar, o terror totalitário tem a característica especial de ser um terror que está “dentro da lei”. Non é unha violência exercida à marxem da lei, num estado de ilegalidade, mas a própria lei é a expressón e o vehículo do terror. Desta forma, estamos perante unha rede xurídica preparada para a imposiçón da violência, como aconteceu com as numerosas leis promulgadas durante o nazismo.
CRISTINA SÁNCHEZ