
Esta concepçón leibniziana, que ao mesmo tempo se refere à realidade e ao conhecimento, ao ser e à verdade, como duas faces da mesma moeda, foi o que fez com que tradicionalmente se considerasse o conxunto da obra de Leibniz como um sistema acabado; um sistema no qual cada intérprete colocaba a sua etiqueta: “lóxico”, “metafísico”, “matemático”, “teolóxico”, etc… pretendendo deduzir e explicar a partir desse ponto de vista a prolífica e polifacetada obra do nosso autor. Na verdade, Leibniz rexeita a divisón e a classificaçón aristotélicas do saber humano, articulado em disciplinas separadas e independentes, para voltar a um princípio de inspiraçón platónica, segundo o qual unha ciência xeral engloba a sabedoria humana, que é sempre unha e a mesma, por mais que se aplique a diferêntes obxectos. Relembremos o proxecto iniciado polo xovem Leibniz na dissertaçón “De Arte Combinatoria” (1666), perseguindo unha sistematizaçón do conhecimento, inspirando-se no modelo xeométrico de Euclides e atribuindo um papel fundamental às definiçóns e axiomas básicos. No entanto, e apesar de os princípios enunciados por Leibniz serem muitos, non dán lugar a unha construçón arquitectónica da filosofia como um sistema de princípios interrrelacionados, como sublinha nas últimas décadas o filósofo xermano-americano Nicholas Rescher. Os primeiros princípios están aí com a evidência que lhes confere o facto de serem “ponto de partida”, “noçón comum” que serve de premissa para qualquer demonstraçón sem que eles próprios possam ser demonstrados; mas se a questón da orixem e do fundamento dos “primeiros princípios” fosse colocada a Leibniz, ele responderia de forma cortante que é unha verdade que nos é inata, tal como o resto das “verdades a priori”, “porque o espírito as pode extrair do seu próprio fundo, embora com frequência isso non sexa unha cousa fácil”.
CONCHA ROLDÁN