
A oportunidade surxíu quando E. D. Hirsch Jr., um crítico literário que tinha conhecido na sua época de Yale e que em 1982 dirixía o departamento de inglês da Universidade da Virxínia, o convidou para leccionar língua e literatura inglesa. A ideia de Hirsch, fazer com que filósofos ensinassem os estudantes de literatura, non era assim tán estranha naquela altura, embora certamente nem todos os filósofos fossem assim tán estranhos como Rorty. A razón pola qual o mundo das letras e da crítica se estava a tornar mais teórico tinha que ver com o próprio cansaço da crítica em relaçón ao formalismo e a unha certa crise arrastada desde que se começaram a discutir as relaçóns entre texto e ideoloxia. Isto xá tinha sido feito polo marxismo e polo estructuralismo, e por diversas combinaçóns dessas duas correntes, mas nos anos oitenta despontavam novas formas de fazer crítica inspiradas pola hermenéutica, por um novo movimento retórico e polo desconstructivismo, cuxas promessas de radicalidade pareciam atrair a atençón da velha e da nova esquerda. Era suposto que os críticos literários fizessem cambalear o cânone da literatura e o da crítica usando unha xíria sofisticada e imponente e apoiando-se em ideias de Nietzsche, Freud, Marx, Heidegger, Lacan, Foucault e Derrida. Nesse contexto, e com um emprego académico mais flexíbel, Rorty encontrou um espaço para ensinar filosofia a estudantes de literatura enquanto ele próprio aprendia cada vez mais com ela. Foi professor na Virxínia até 1988, e depois, graças a um professor alemán de literatura, Sepp Gumbrecht, acabou como professor de literatura comparada em Stanford, onde permaneceu até 1995.
RAMÓN DEL CASTILLO