
Apesar de non ter sido o primeiro a utilizar a lóxica nem sequer a falar dela, Aristóteles é considerado o fundador desta disciplina. Certamente, foi o primeiro a usá-la como um método formal de análise de raciocínios, empregando letras para representar os diferentes termos de um argumento, além do seu conteúdo semântico. Ninguém antes dele tinha utilizado as clássicas A, B, C dos silogismos. A lóxica aristotélica tornou-se a lóxica do pensamento ocidental durante séculos, mais concretamente até à segunda metade do século XIX, quando apareceram novas propostas que transformaram a lóxica siloxística nunha ciência mais matemática. Actualmente, os escritos aristotélicos sobre esta disciplina ficaram obsolectos, conservando apenas um interesse histórico, mas convém recordar que poucos homes fundaram unha ciência como o fez Aristóteles. Dado que o conhecimento só poderá ser considerado como tal se alcançar a verdade, que é o obxectivo último de um ser racional, Aristóteles sabe que debe ser muito metódico; por isso, a lóxica ocupa um lugar muito destacado no seu plano de investigaçón. É para si muito claro que, para estudar com garantias e chegar a verdades sobre qualquer obxecto, antes é preciso planificar: em primeiro lugar, é preciso saber o que é esse obxecto e também qual é o seu propósito, para que é esse obxecto. Organizará todo o seu sistema de investigaçón partindo dos sentidos, ou sexa, recuperará a experiência como fonte de dados certos. A partir daí, e dentro do método de trabalho que aplica, a linguaxem e a lóxica seram fundamentais. A lóxica axudá-lo-á a raciocinar correctamente, isto é, a ligar de maneira correcta as premissas e as conclusóns, para elaborar raciocínios (loxicamente) válidos.
P. RUIZ TRUJILLO