
Mais gnóstico que todos estes foi o cristán xudaizante Cerinto, educado nas escolas exípcias, o qual consideraba como revelaçóns imperfeitas o “mosaísmo” e o “cristianismo”, e tinha entrâmbos Testamentos por obra e inspiraçón de espíritos inferiores. Para el, non era de essência divina, como para os demais gnósticos, senón um home xusto, prudente, sábio e dotado de grande poder taumatúrxico. Cerinto era, ademais “milenarista”, como quase todos os xudeos daquela época, e tinha escrito um “Apocalipse” para defender tal opinión. No século II da nossa era aparecerom xá constituídas e organizadas as escolas gnósticas. Podem considerar-se três focos principais: a “Gnose Siria”, a que Matter apelida da “Ásia Menor”; e a de “Itália”, que outros chamam “Sporádica”, por haber-se extendido por diversas rexións; e, finalmente a “Exípcia”. Adoutrinados os gnósticos sirios por Simón, Menandro e Cerinto, mostram nas suas teorías menos variedade e riqueza que os do Exípto, e insistem antes no princípio “dualista”, próprio do zoroastrismo, que na emanaçón por parexas, mais própria dos antigos adoradores da “Triada de Menfis”. O principio do mal non é unha negaçón nem um limíte, como no Exípto, senón principio “intelectual” e poderoso, activo e fecundo. Por el foi criádo o mundo inferior: de el emana quanto é matéria. Chame-se-lhe comúnmente “Demiurgo”. A escola siria, tende em todas as suas ramas, para o asceptismo. Saturnino, o primeiro dos seus mêstres, parece haber sído incluso místico. Na sua doutrina, o dualismo acentúa-se enérxicamente, e resulta vissíbel a influênça do Zendavesta. Os sete anxos criadores e conservadores do mundo vissíbel, e partícipes só de um débil raio da divina chama. Formarom ao home, digo melhor, a um “Homunculus”, espécie de vêrme, suxeito e ligado à terra e incapaz de levantar-se à contemplaçón do divino. Deus, compadecido do seu triste estado, enviou-lhe um sopro de vida, unha alma, chamada no sistema de Saturnino “pneuma”. O Satanás desta teoría é diverso do “Demiurgo” e dos sete anxos: é a fonte de todo mal como espírito e como matéria. Saturnino ensina a redençón no sentido “doketista” e a final palingenésia, voltando todo ser à fonte de onde brotou. A sua moral ríxida e sacada de quicios, veda incluso o matrimónio, porque contribuie à conservaçón de um mundo imperfeito.
MARCELINO MENENDEZ PELAYO