
DARÍO, Rubén (San Pedro de Metapa, Chocoyo, 1867-1916). Pseudónimo de Félix Rubén García Sarmiento. Poeta nicaragüense de proxecçón universal. A sua infância em León, foi infeliz e permaneceu como tema recurrente da sua poesía. Foi o poeta mais importânte da sua época dentro do âmbito hispâno; experimentou acertadamente em muitos estilos e formas poéticas: do “parnasianismo” ao “simbolismo” e do hexámetro latino ao soneto. Teve unha consciência, inigualábel aínda hoxe, da fala que manexou, das suas possibilidades fonéticas e da sua flexibilidade. Darío acunhou o termo “modernismo” e converteu-se na cabeça deste movimento. Viaxou a Managua e a San Salvador como menino prodíxio e publicou unha grande quantidade de efímeros poemas cívicos. O seu primeiro libro importânte foi “Azul” (Valparaíso, 1888), que contem poemas e contos. Juan Valera fixo unha resenha eloxiosa do libro, que foi reeditado dous anos depois com algunhas adicçóns e com um prólogo do mesmo Valera. Como diplomático, viaxou por vários países. Fomentou o intesse dos literátos franceses pola literatura hispâna, mas sobre tudo, introduzíu as correntes europeias no âmbito bastânte pechado e apático, da literatura hispâna do seu momento. Viveu unha vida bohémia e foi amigo de Valera, Pardo Bazán, Verlaine, Moréas e Gourmont. Ao seu regresso a Buenos Aires em 1893, dedicou-se durante cinco anos a colaborar com “La Nación”, diário ao qual tinha enviádo artígos desde Europa a partir de 1889. Na cidade bonaerense publicou “Los raros”, libro no que retrata a escritores como Poe, Bloy e Leconte de Lisle, e “Prosas profanas”, ambos em 1896. Este último foi recebido com verdadeiro fervor pola nova xeraçón; foi imitádo ao largo e ao ancho de todo o continente, tanto polo seu atrevido linguáxe, cheio de extanxeirismos e de exotismos, como também pola sua audácia métrica: disonâncias, asimetrías, ritmos internos e maneirismos que resultabam extraordinariamente orixinais. Exótico, nostálxico e cosmopolita, o libro foi atacado em Buenos Aires por Paul Groussac, mas Darío non se desanimou por isso e publicou unha edicçón aumentada em París, em 1901. Continuou a viaxar por França, Inglaterra, Austria e Alemanha, e em 1905 publicou em Madrid “Cantos de vida y esperanza”, libro importânte no qual se volta para sí mesmo e ao mesmo tempo está mais interessado em acontecimentos políticos e sociais. A sua visón pessoal resulta mais madura e o seu estilo menos ecléctico. Com um sentido da vida quase oriental, a sua deificaçón do artista resulta mesmamente absolucta. Regressou a Nicaragua depois de dezoito anos em 1906. “El canto errante” (Madrid, 1907) reforçou o seu prestíxio. Seguirom aparecendo com regularidade novas obras: “Poema del otoño y otros poemas” (Madrid, 1910) e “Canto a la Argentina y otros poemas” (Madrid, 1914), um dos seus melhores libros: nele está plasmádo o fruto da sua experiência pessoal e alcançou um estilo raro e particular. Disolucto, relixioso, solitário, às vezes cínico e outras vezes infantil, Darío resulta demasiádo complexo para ser definido em breves palábras. A. Méndez Plancarte reuníu as suas: “Obras completas” (Madrid, 1971, dous volûmes) e as “Poesías completas” (Madrid, 1952).
OXFORD