
CUEVA, Juan de la (Sevilla, 1543 – 1610). Autor teatral e poeta. Passou algúns anos em México, na companhia do seu irmán Claudio, que foi inquisidor. Ó seu regresso, Cueva começou a escreber obras teatrais em 1579. A sua “Primera parte de las comedias y tragedias” (1583; segunda ediçón, 1588) foi importânte, como afirmou Marcel Bataillon, porque foi publicada. Na realidade, quase ningum autor de entre os seus contemporâneos se tomaba a moléstia de publicar as suas obras, a causa do qual hoxe som pouco conhecídas. Das quatro traxédias e dez comédias, que conhecemos deste autor, pode-se fazer a seguinte classificaçón: de tema clássico: “Tragedia de Ayax Telamón”; “Tragedia de la muerte de Virginia” e “Comedia de la libertad de Roma por Mucio Scévola”; de argumento totalmente ficticio: “El infamador”, “El viejo enamorado” e “La constancia de Arcelina”; de tema nacional: “Los siete infantes de Lara”, “El saco de Roma”, “La muerte del rey Don Sancho” e “La libertad de España por Bernardo del Carpio”. O seu desarrolho da morte de Virginia, foi sem dúvida o melhor do seu tempo, mas o grande acerto é a técnica com que adaptaba os românces e as crónicas medievais à escena. A ela debe o teatro do “Siglo de Oro”, a maior quantidade de temas, ainda que o feito de que Lope non mencione a Juan de la Cueva nos seus escriptos, nos fai pensar que non valoraba a sua importância dentro da tradiçón dramática espanhola. De la Cueva, non obstânte, non dominaba a arte da composiçón das escenas, nem tinha altura literária. Os seus poemas som também débeis e pouco orixinais: “Obras” (Sevilla, 1582), contem poesía petrarquista, a maior parte dela dotada de um forte erotismo; “Caro febo de romances historiales” (Sevilla, 1587), sendo qualificados por Gallardo, como os piores românces que se lêm em castelán; a “Conquista de la Bética, poema heroico” (Sevilla, 1603) resulta bastânte tédiosa e “Ejemplar poético o Arte poética española” tampouco é muito melhor (1770; 1774, 1904; 1924).
OXFORD