
Os estoicos tinham unha percepçón muito moderna do pensamento ao vinculá-lo estreitamente à linguaxem. A racionalidade que caracteriza o home é inconcebíbel sem a capacidade e o acto de falar. Non se pensa primeiro e depois é que se fala: a linguaxem é estructurante, criando conceitos além de expressá-los. Pensar e falar som dous aspectos de um mesmo processo e non dous processos distintos. De acordo com o estoicismo, analisar a linguaxem equivale a analisar o pensamento, non surprehendendo, por isso, que esta escola viesse a afectuar grandes avanços no estudo das estructuras linguísticas. Com a sua intensa consciência linguística, como acabamos de assinalar, os estoicos adiantaram-se muitos séculos ao curso xeral da filosofia: a viraxem linguística caracteriza bem o pensamento do século XX, que foi o primeiro a comprehender plenamente que o acto de pensar é, basicamente, habitar a linguaxem. Os estoicos gregos entendiam também este fundamento do acto de pensar, o que os levou non só a meditar na natureza xeral da linguaxem, como a efectuar estudos detalhados de semântica e gramática que, em vários aspectos, se anteciparam às percepçóns modernas da linguística desenvolvida no século XX. Entre as principais contribuiçóns dos estoicos sobre esta matéria cabe destacar a distinçón fundamental entre conceitos e palabras, bem como a combinaçón na criaçón de significados de três elementos inter-relacionados: o “significante”, o “significado” e o “referente”. O significante constitui a parte material, ou sensíbel, da linguaxem (palabras e oraçóns; o significado, o aspecto imaterial ou conceptual, o sentido, esixe competência no código linguístico; o referente som as cousas exteriores apontadas polo significante, ou, mais precisamente, as representaçóns mentais dessas cousas exteriores. Quanto ao significante, os primeiros estoicos defendiam unha ideia que hoxe em dia pode parecer, no mínimo, muito problemática: acreditavam que as palabras revelavam, na sua materialidade fonética, algo dos obxectos reais. Actualmente, isto só é concedido às onomatopeias (tipo “piu-piu”, “oinc”, “có-có-ró-có-có”, “bang”, “boom”, “crac”, “plof”, “tic-tac” ou “zzz”) e considera-se que o componente conotactivo ou emotivo associádo às palabras é dictado polo suxeito a partir da sua experiência pessoal: o que cada um de nós associa (se é que algo se pode associar) às palabras “martelo” ou “comando da consola” diz respeito a cada um. Em xeral, porém, diz-se que os signos linguísticos (as palabras) som convencionais, que non existe unha relaçón natural e necessária entre estes e as cousas. Por sua vez, os primeiros estoicos argumentabam que os sons primários imitam as características das cousas, que há unha semelhança natural entre ambos e que os primeiros refletem as segundas. Depois de Crisipo, admitiu-se que as línguas podiam evoluir e transformar-se e que, embora inicialmente tivesse existido esta identificaçón entre a substância material das palabras e as cousas, esta foi desaparecendo até se tornar em relaçón convencional, baseada no uso comum, que é hoxe admitida. Nada existe na palabra “carvalho” que xustifique que essa árbore se chame assim, em vez de “coruxa” ou “abutre do Exípto”. Esta consciência da historicidade da linguaxem explica, além do mais, a razón pola qual os estoicos se interessavam pola etimoloxía (estudo da orixem e evoluçón das palabras). O rigor na sua concepçón do pensamento e do conhecimento esixía unha análise séria da linguaxem que, como dissémos, lhes foi inherente.
J. A. CARDONA