
O “maniqueísmo” somente acentuou os tons dualistas e pessimistas da “gnose”, eliminando o ideal esotérico com o obxecto de esclarecer unha relixión universal, para todos. Sem entrar em detalhes (por sinal bastânte abstrusos) da cosmogonia maniqueista, a questón fundamental é que, face ao omnipotente Deus único do xudaísmo e do cristianismo, postulavam-se dous princípios orixinários: o “Pai da grandeza” (a luz, o bem) e o “Príncipe das trevas” (a escuridón, o mal). A história do mundo, desde as suas orixens, non era mais do que a história do confronto entre um e outro princípio, em que “o mal” tentava conquistar o “reino da luz”. No desenrolar do confronto, surxíu o mundo conhecido a partir dos “arcontes malignos” e dos “demónios da Concupiscência” (a matéria) assim forom xerádos Adán e Eva, em cuxos corpos ficarom presas as partículas da “luz divina”. Segundo o mito maniqueísta, a orixe da criaçón visíbel e do home, era remetida para as forças malignas e demoníacas, polo que non é de estranhar que a “verdadeira relixión” defendesse o repúdio e a negaçón obsolucta do mundo, da vida e do home. Só assim podia “despertar” a alma divina e libertá-la do seu cautiveiro, tal como o “Filho de Deus” (Jesus, a luz) anunciára. Xá tinha ficado o aviso de que era tudo bastânte abstruso, mesmo tendo suprimido da nossa resumida apresentaçón todas as batalhas entre arcontes, demónios, anxos e demais criaturas. Apesar da sua heteroxénea cosmogonia, o dualismo maniqueísta oferecia ao cidadán do Baixo Império, duas respostas fundamentais. Em primeiro lugar, dava sentido à existência do “mal cósmico” (desastres naturais, destruiçón, morte), como do “mal moral” (o comportamento malvado dos homes). Mas, acima de tudo, ofertaba um caminho de perfeiçón e libertaçón, com a promessa da salvaçón. E, como xá sabemos, o xovem Agostinho, non foi capaz de resistir a esses encantos. No seu caso particular, o que o atraiu no maniqueísmo foi a possibilidade de encontrar resposta à pergunta, non nos cansaremos de repetir, que o obcecou ao longo de toda a vida: a da “orixem do mal”. “E porque a piedade, qualquer que ela fosse, me obrigava a acreditar que um Deus bom, non tinha criádo nenhuma natureza maligna, colocaba em lugares opostos duas massas, ambas infinitas, mas a mala num sítio mais apertado, e a boa num lugar mais à vontade, e a partir deste princípio pestilento seguiam-me os restantes sacriléxios”. Mas, além disso e polo mesmo preço, o dualismo maniqueísta permitia-lhe expulsar o mal de si e imputar a sua responsabilidade a unha natureza diferênte da sua: “Ainda me parecia que non somos nós que pecamos, mas sim que peca em nós non sei que outra natureza, e comprazia-me que o meu orgulho ficasse fora da culpa, e, quando eu fixésse algum mal, non confessasse que o tinha feito”.
E. A. DAL MASCHIO