CRUCHAGA SANTA MARÍA, Ángel (Santiago, 1893-1964). Poeta chileno que ganhou o Premio Nacional de Literatura em 1948. Trabalhou durante um tempo no Banco Español e na Biblioteca Nacional. Foi presidente da Alianza de Intelectuales. De algunha maneira non albergou um estilo próprio, e moveuse dentro do “posromanticismo”, do “realismo” e do “simbolismo”, e também cantou as paisáxes e a natureza do seu país natal. Alguns dos títulos das suas obras forom: “Las manos juntas” (1915), “Job” (1922), “Afán del corazón” (1933), nos que mostra unha tendência ascéptica, perdida xá em “Paso de sombra” (1939) e “Anillo de jade” (1959). Neruda seleccionou unha “Antología” (Buenos Aires, 1946) da sua obra, mais coherente que a que reuníu o próprio autor em “Pequeña antología” (1953).
CROTALÓN, El. Sátira escrita por volta de1552, por Chistophoro Gnosopho. Algúns críticos pensam que foi escríta por Cristóbal de Villalón, aínda que Bataillon, pensa que foi escríta por um súbdito italiano naturalizado espanhol. O título vem da palabra “crótalo”, instrumento musical de orixem arcaica, emparentado com as castanholas, que podem atrair um espírito a esta vida e fazê-lo falar. Assim, no sonho do autor, dialogam um zapateiro e um galo. Trata-se de um diálogo erasmista pleno de sarcasmo, no qual o galo vai describindo as suas vidas anteriores, e criticando ácidamente unha grande quantidade de costûmes hipócritas prevalecentes na sociedade espanhola da época. As anedoctas som narradas com um estilo fluído e preciso que transformam o libro num dos melhores do seu tempo.
CRONICONES. Crónicas medievais escritas em verso ou prossa, chamadas assim para diferenciálas das narraçóns históricas chamadas “crónicas”, que tenhem mais elementos de ficçón que os “cronicones”, às vezes meros anais ou descripçóns detalhadas dos feitos. Carecem de unha visón crítica dos acontecimentos e a sua precisón é muito variábel. Em latim conhecemos “Epitome imperatorum vel arabum ephemerides”, também conhecido como “Cronicón del Pacense”, que cobre os acontecimentos dos anos 611 até 754; o “Croniçón de san Isidoro de León”, que contém os datos mais precisos para a história dos anos 618 até 939 em Castela, que também é conhecido como “Anales castellanos primeros”; e estes están complementádos polos “Anales castellanos segundos”, que ván até 1126. O “Cronicón de Alfonso III” (672-866) foi atribuído a Sebastián, bispo de Salamanca (ou de Oviedo) na sua segunda versón xá revisada. O “Cronicón Albeldense” foi chamado assim polo mosteiro rioxano onde foi encontrado; é anónimo até 883. A partir dessa data foi composto polo monxe Vigila, que narra os feitos até ao ano 978. Outros cronicóns som “Cronicón del Silense”” (718-1054), “Cronicón complutense” (281-1065); “Cronicón de Pelayo” , escrito polo bispo de Oviedo (982-1109); “Cronicón compostelano” (362-1126); “Cronicón Lusitano” (311- 1222); “Cronicón burgense” até 1250, e “Cronicón barcinonense” (958-1308). Os cronicóns escritos em castelán som menos numerosos: dous de Cardeña (797-842 e 856-1327), tres “Anales toledanos”; o de “Lucas de Túy” ou “El Tudense” e a “Historia gótica ” ou “De rebus Hispaniae” de Rodrigo Ximénez de Rada.