
Com o desaparecimento de Plotino, três figuras se destacam no neoplatonismo: Porfírio, Jâmblico e Proclo. Porfírio foi o mais académico dos três e legou algunhas tentativas de sistematizaçón da filosofia clássica (como a famosa “árbore de Porfírio”, que consta no seu “Isagoge” e antecessora das modernas taxonomias). O seu discípulo Jâmblico preferiu harmonizar Plotino com as teses pitagóricas sobre o número (daí ser considerado um neopitagórico). Proclo, o mais importânte dos três, é considerado o último grande filósofo grego da Antiguidade, Nascido em Constantinopla no final do século V, mudou-se para Atenas e devolveu à velha polís parte do brilho académico de outrora. A sua obra “Elementos de Teoloxia”, conservada na íntegra, é comparábel em ambiçón às “Enéadas”, embora compense a sua menor qualidade literária com um maior rigor expositivo. As semelhanças com Plotino som evidentes: também ele tenta harmonizar a filosofia grega com unha visón relixiosa e monoteísta do mundo, o que o leva a reproduzir os mecanismos da processón e da conversón. Se por algunha razón Proclo se destaca é por tentar axustar o politeísmo ao monoteísmo. A sua principal novidade é a noçón de “Hénadas”, unha nova espécie de intermediários, destinados a resolver o problema da presença do superior em cada um dos inferiores, sem necessidade de se degradar. Proclo recorre a elas como “unidades participáveis”; estas comportam-se como deuses de nível inferior que som “formalmente” o que o Uno é “eminentemente”. Seguindo um raciocínio parecido, entre o eterno e o temporal situa o “temporal perpéctuo”, a que os escolásticos medievais chamaram “”sempiterno”.
ANTONIO DOPAZO GALLEGO