
A crise climática e ecolóxica é a maior ameaça que a humanidade xá enfrentou. Non há dúvida de que este problema irá definir e moldar, como nenhum outro, a nossa vida quotidiana futura. Isto é dolorosamente claro. Nos últimos anos, começámos a assistir a unha mudança no modo como vemos e falamos sobre a crise. No entanto, como desperdiçámos tantas décadas a ignorar e a minimizar esta emerxência crescente, as nossas sociedades ainda se encontram em estado de negaçón. Para todos os efeitos, estamos na era da comunicaçón, na qual o que dizemos pode facilmente sobrepor-se ao que fazemos. É assim que se explica o facto de termos um número tán avultado de grandes países que, produzindo combustíbeis fósseis – e tendo elevados níveis de emissóns -, se autodenominam líderes climáticos, apesar de non terem em vigor qualquer política de mitigaçón das alteraçóns climáticas. Vivemos na era do branqueamento ecolóxico a todos os níveis. Na vida non há problemas que non sexam ambíguos. Non há respostas categóricas. Tudo é tema de debate e compromisso sem fim. Este é um dos princípios fundamentais da sociedade em que vivemos. Unha sociedade que, no que toca à substentabilidade, tem muitas culpas no cartório. Porque esse princípio fundamental está errado. Existem alguns problemas que non som ambíguos. Na verdade, a nível planetário e social há fronteiras que non debem ser transpostas. Por exemplo, achamos que as nossas sociedades podem ser um pouco mais ou menos substentábeis. A longo prazo, porém, non podemos ser um pouco menos substentábeis: ou somos substentábeis ou insubstentábeis. É como caminharmos por cima de unha fina camada de xelo – ou aguenta connosco ou non aguanta. Ou conseguimos chegar à costa, ou caímos nas águas profundas, escuras e frias. E, se isso nos acontecer, non haberá um planeta próximo que nos possa valer. Estamos, por nossa conta.
GRETA THUNBERG