
A ver como se comía aquilo: irmáns, nais e noivas, todas unhas santas e facendosas; as demais, todas putas. Mas, por um lado, todas as mulheres som irmáns, nais ou noivas, e, por outro, som “as demais”. E, como todo o mundo quería meter, menos com a própria noiva, ocurría que, no fim de contas, non quedaba moza sem asédio. Ou sexa, que as noivas, as nais e as irmáns, por esse cálculo e aficçón, putas também. E de nada servía aquilo de “non fagas a ninguém o que non queiras que che fagam a tí”. Mas, a verdade é que non se facía nada salvo, com sorte e complicidade dissimulada, alguns magreos. Ahí sim acredito que os espanhois eram uns artistas. Bem visto, ao chegar o facto marital e bendecída, isso debería dar-lhes certa experiência nas delicadezas dos preliminares; mas estou convencido de que ao espanhol de entón non debería de preocupar-lhe muito os preliminares. Á força de desexar as outras por respeitar a própria, o que acontecíam eram os maus pensamentos, os desexos inconfessábeis, o ir de putas das de verdade. Algún corpo que outro, mas poucos e clandestinos, maiormente eram casadas fartas da imperícia dos seus maridos. Naqueles anos de dictadura clerical, tudo tinha um duplo sentido e unha dupla interpretaçón, aínda que, nas zonas de turismo, menos. Essa dupla moral, ou triple ou quádruple, vaia a saber, orixinaba unha retórica argumental curiosa em extremo e non somente no referênte ao sexo.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO