
A matéria e a enerxía deformam o espaço e alteram as traxectórias dos obxectos. Para ver como funciona isto, necessitamos comprehender o princípio de que a gravidade deforma o espaço e o tempo. A deformaçón do espaço resulta mais fácil de visualizar que a do tempo. Imaxinemos que o universo é a superfície d’unha mesa de bilhar plana. A superfície da mesa é um espaço plano, ao menos em duas dimensóns. Se rodamos unha bola pola mesa, irá em linha recta. Mas, se a mesa se deforma ou tem pequenas protuberâncias nalguns lugares, como na fotografía, a traxectória da bola vai curvar-se. No caso que estamos a considerar é fácil constatar que a mesa de bilhar está deformada, porque vemos que se curva para unha terceira dimensón exterior, que podemos representar. Mas, como non podemos saltar fora do nosso próprio espaço-tempo para ver a sua deformaçón, resulta mais difícil imaxinar a deformaçón do espaço-tempo do nosso universo. Mas, a sua curvatura pode ser constatáda ainda que non poidámos sair dele e vê-la desde a perspectiva de um espaço maior, xá que pode ser detectáda desde o interior do mesmo espaço. Imaxinemos que unha microformiga está confinada sobre a superfície da mesa. Incluso ainda que non poida abandonar a mesa, a formiga podería detectar a deformaçón se medíra cuidadosamente as distâncias. Por exemplo, a lonxitude de unha circunferência no espaço plano é sempre algo maior que três vezes a lonxitude do seu diámetro. Mas, se a formiga trazar um círculo ó redor do pozo da mesa de bilhar representada na fotografía, vería que a lonxitude do seu diámetro resulta maior do esperado, é dizer, maior que um terço da lonxitude da sua circunferência. De feito, se o pozo fora suficientemente profundo, a formiga encontraría que a lonxitude da circunferência sería menor que a lonxitude do diámetro. O mesmo acontece com a deformaçón do nosso universo: alarga ou contrai a distância entre os pontos do espaço e modifica a sua forma e xeometría dunha maneira que pode ser medida desde o interior do mesmo universo. A deformaçón do tempo alarga ou acurta os intervalos temporais de unha maneira análoga.
STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW













