
Podemos muito bem ser apenas unha entre milhóns de civilizaçóns avançadas, o qual resultaría unha ideia interessante e arrebatadora. Infelizmente, como o espaço é tán grandioso, a distância média entre qualquer duas dessas civilizaçóns debe ser de polo menos 200 anos luz, o que é muito mais do que parece à primeira vista. Para começar significa que, se esses seres sabem que aquí estamos vivos e nos conseguem ver através dos seus telescópios, estaríam na realidade a observar luz que xá deixou a Terra há douscentos anos. Ou sexa, non están a ver-nos a nós. Estaríam a ver a Revoluçón Francesa, a Thomas Jefferson, a pessoas com meias de seda e cabeleiras postiças (pessoas que non sabem o que é um átomo, ou um xene, e que produzíam a sua electricidade, esfregando unha vara de âmbar num pedaço de pel de animal e, pensem que conseguirom ver unha cousa interesante. As mensaxens que possamos receber deles, começarám probabelmente por “Mui Digno Senhor”, e nos felicitaríam pola beleza dos nossos cabalos, ou pola forma eficaz como utilizamos o óleo de baleia. Duzentos anos luz, é unha distância que nos arrassa, que pura e simplesmente se torna… inultrapassábel. Portanto, mesmo que non estexámos realmente sós, em termos prácticos acabamos por estar de facto sós. Carl Sagan calculou que o número provábel de planetas no universo em xeral fosse de dez mil milhóns de bilións (um número muito para além da nossa capacidade de imaxinaçón. Mas o que também está para além da nossa imaxinaçón, é a quantidade de espaço-tempo `pola qual están espalhados. “Se fôssemos colocados ao calhas dentro do universo”, escrebeu Sagan, “a probabilidade de ficar num planeta, ou perto de um, sería inferior a um em mil milhóns de bilións de bilións.” “Os mundos som escássos.” Razón pola qual talvés tenha sído boa ideia, que a International Astronomical Union tenha estipulado oficialmente, em Febreiro de 1999, que Plutón é um planeta. O universo é um lugar grande e solitário. Quantos mais vizinhos tivermos, melhor.
BILL BRYSON