
OS PREDECESORES
Os poemas curtos de Catulo, aos que el chamaba “nugae” (bagatelas), enfrentam a crítica com unha paradoxa: poesía de um significado e um poder obviamente grandes que pertencem formalmente a um xénero menor. Só os poemas once e cinquenta e um, escritos em metro asociádo com Safo, tinham dereito a reclamar um rango lírico autêntico. Os metros preferidos por Catulo (o dístico elexíaco, o endecassílabo, e o yambo escazonte (coxo) estabam fora da grande tradiçón. Evidentemente, Calímaco, Filitas e Hermesianacte tinham escrito elexía narrativa; e Propercio em particular reconhecía a Calímaco e a Filitas como seus mêstres. Non obstânte, o poema elexíaco breve foi o que servíu primeiro aos poetas romanos como modelo para um novo tipo de poesía pessoal, tal como eventualmente chegou a ser. Aulo Gelio e Cicerón transmitirom-nos cinco epigramas breves de um trío de amadores aventaxádos: Valerio Edituo, Porcio Licino e Quinto Lutacio Catulo. Están adaptados libremente a partir de orixinais helenísticos, na sua maioria identificabeis na Antoloxía grega. Este trío debe haber escrito xá polo 150 a. C. O feito de que Gelio os cite como grupo non proba que realmente formaram um grupo literário, mas indica polo menos que na mitade do século II a. C. existía unha clásse de “litterati” romanos que estabam interessados activamente em explorar em latím o poema breve de tema pessoal. Os fragmentos de nove composiçóns similares, ainda que menos pulidas, desenterradas entre os “graffiti” pompeianos, indicam-nos que non era algo ocasional e que durante o século primeiro continuarom escrebendo-se este tipo de péças. O estímulo proveniente de Grécia tívo que ser também contínuo. Durante o século de Catulo ou inclúso no anterior estaba em circulaçón por Itália, mais de unha antoloxía de epigramas gregos. Unha das que mais influírom foi talvés a “Guirnalda” de Meleagro, cuxos próprios poemas fazíam gala de muitas das ideias e imáxes escolhidas por Lucrecio para o ataque na sua famosa polémica contra as falsas manifestaçóns de amor. Mais orixinal que estes exercícios imitativos era a musa, muito experimental, de Levio, que parece que escrebeu na primeira parte do século I a. C. A primeira vista, os quase trinta fragmentos que ficam tenhem ao parecer muito em comúm com Catulo em quanto ao tema, metro e fala, e tradicionalmente conta-se a Levio entre os predecesores e precursores da “nova poesía”. Um análise mais detalhado revela importântes diferênças e, ainda que se siga considerando probábel “a priori” que Catulo e os seus contemporâneos conheciam a Levio, é difícil demonstrar a dívida directa. “Non pode negar-se que Levio se relaciona com os neotéricos, mas é impossíbel que Catulo lhe debera algo mais que unha vaga suxerência de certas possibilidades. Xeralmente admíte-se que Cicerón non era poeta. É, non obstânte, unha figura mais importânte na história da poesía latina do que comunmente se reconhece. Ningum escritor romano foi mais sensíbel às propriedades rítmicas e sonoras da fala latina. E podería esperar-se que Cicerón tivéra algo que aportar à poesía também na esfera da técnica (ainda quando, como debe admitir-se, non tem nada que dizer na sua própria poesía que a posteridade estexa muito interessada em ouvir). Som os fragmentos que ficam da sua traduçón do grego os que mais valora o historiador da literatura latina, especialmente a sua versón dos “Phaenomena” de Arato. Era unha obra da xuventude, a primeira versón latina desta obra tán traducída e inesperadamente popular (para a forma de pensar moderna). É probábel que gozara de unha considerábel circulaçón. Certamente Lucrecio a conheceu e de feito a imitou. O que talvez non poida pensar-se é que demonstre que Cicerón, a pesar das suas reservas respeito da “nova poesía” (sobre tudo a respeito de algunhas das suas características e algúns dos seus adeptos) tenha sído o que pode considerar-se um poeta pre ou proto-neotérico, muito mais que Levio. Unha das características da “escola nova” de poetas era a sua insistência (calimaquea) na arte minuciosa e exacta. Os hexámetros de Cicerón, mates e carentes de vida ao lêlos, som técnicamente muito mais parecidos aos de Catulo, que aos de Ennio ou incluso ós de Lucrecio. Em parte a semelhança debe-se a estrictas observancias métricas, especialmente na questón das cesuras e o tratamento do final do verso. Este processo de autodisciplina, sem embargo, vai da mán e contribuie a um avançado conhecimento e realizaçón das possíbilidades artísticas da ordem de palabras na escritura do verso e da frase, tal como normalmente se asocia com Catulo e os “poetas augústeos”. O papel preciso xogado por Cicerón no desarrolho da poesía latina está condenado a seguir sendo obscuro, dada a natureza fragmentária das testemunhas, mas o carácter “moderno” dos seus hexámetros resulta inequívoco incluso para um leitor do século XX, e assim debe ter sido bem perceptíbel ao ouvido dos seus contemporâneos. Ningunha relaçón da xénese da “poesía nova” de Catulo e da sua escola habería de deixar de mencionar ao maior dos oradores romanos. Um leitor do poema 49, desconhecedor das “Aratea”, nem sequer podería suspeitar de imediáto que o poeta podería haber tido algunha razón para estar agradecido a Cicerón mais que a que se tem tanto cuidado de non explicar neste enigmático poema.
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)