![](https://guilladenses.com/wp-content/uploads/2024/06/img_9349a.jpg?w=1024)
“O primeiro trabalho que empreendi para esclarecer as dúvidas que me assaltavam foi unha revisón crítica da “Filosofia do Direito”, de Hegel, trabalho, cuxa introduçón apareceu nos “Deutsch-Französische Jahrbücher, publicados em París, em 1844. Nas minhas pesquisas cheguei à conclusón de que as relaçóns xurídicas (assim como as formas de Estado) non podem ser comprehendidas por si mesmas, nem pola dita evoluçón xeral do espírito humano, inserindo-se, polo contrário, nas condiçóns materiais de existência de que Hegel, à semelhança dos ingleses e franceses do século XVIII, comprehende o conxunto pola designaçón de “sociedade civil”; polo seu lado, a anatomia da “sociedade civil” debe ser procurada na economia política.” (Prefácio à CCEP21, 1859.) O trabalho alienado é, para Marx, sinónimo de trabalho assalariado, trabalho do capitalismo; é o trabalho como se dá na realidade das fábricas, como o descreve e trata a economia política. Isto é, Marx non pretende só alargar o território da alienaçón no trabalho como terceiro lugar, xunto a Deus e o Estado, onde o home perde a sua alma; non trata o trabalho como o fazia Hegel, como momento da obxectivaçón nas alturas da dialéctica do espírito. O trabalho assalariado é outra cousa e, para pensá-lo, é preciso deslocar o olhar do céu para a terra, procurar nesta, nas suas zonas mais grosseiras; e se o trabalho acaba por ser a orixe das ideias, dos valores, dos princípios ou dos direitos, há que assumir que estas belas criaçóns do espírito están enraizadas no lodo da história. No nosso entender, estas reflexóns afastam-se, embora de forma momentânea, do poderoso esquema interpretativo hegeliano; é um dos textos onde a dialéctica resulta mais fraca, pois a alienaçón no trabalho assalariado é só de ida, é apenas saída de si do espírito, non há recuperaçón, non há “aufgebund”; é saída sem regresso, non há esperança. Também está presente unha abordaxem antropoloxista (diz-se que por influência de Feuerbach), na qual a poderosa descripçón crítica dos efeitos da alienaçón na vida do home é feita a partir de unha ideia humanista e naturalista do ser humano, de unha “essência humana” perdida. Mostra-se nunha verdadeira nostalxia do “artesán”, suxerida como contrapartida do trabalho alienado. Definitivamente, desaparece a história, pois o trabalho alienado non é o meio para a restauraçón das cissóns nunha vida ética.
JOSÉ MANUEL BERMUDO