
CORTÊS, Hernán (Medellín, 1485-1547). Conquistador de México. Estudou humanidades em Salamanca. Parece ser que modelou o seu estilo literário com a leitura e traducçón de Julio César. Chegou a La Espanhola em 1504. Pasou a Cuba em 1511 e foi comissionado para emprehender a exploraçón do México em 1519. Non obstânte, non tinha autorizaçón de conquista, polo qual se apressurou a fundar a “Villa de Veracruz”. Passou por Tlaxcala e Cholula, engrossando as suas filas com tribus descontentas com os aztecas. Em 1520, chegou a cidade de México, mas tivo que voltar sobre os seus pasos, para fazer frente a Narváez, quem vinha para sacarlhe o mando. Depois de derrotar a este, voltou à cidade de México, onde foi derrotado por sua vez. Buscou refúxio em Tlaxcala e marchou de novo contra a cidade, à qual puxo sítio o vinte de Maio de 1521. As pugnas internas dos caciques, ademais de outras circunstâncias, o convertírom em vencedor. O quinze de Outubro de 1522, recebeu a carta do imperador que o confirmaba como conquistador de México e merecedor, por tanto, de unha série de possessóns, cargos e dinheiro. Depois de unha expediçón por terras de Guatemala e Honduras, iniciáda em 1524, voltou a Espanha em 1528. Em 1530 regressou a México, depois de haber probádo a sua inocência dos cargos de que fora acusado pola Audiência, mas em 1540 voltou a Espanha, onde morreu. Cortês, foi o primeiro cronista da sua façanha, em informes oficiais que envíou ao imperador, para dar-lhe conta dos feitos. Conhecemos cinco destes informes, escritos em epístolas: a primeira está perdida, e foi substituída, nas edicçóns das “Cartas de relación”, por um informe fechado o dez de Xulio de 1519, polo rexente da “Villa Rica de la Vera Cruz”, que conta a chegada dos conquistadores a México e a quantidade de ouro, xóias, prata e pedras preciosas que atoparom. A segunda carta tem data do trinta de Outubro de 1520 e foi publicada por primeira vez em Sevilha em 1522. Conta como Cortês e os seus homes entrarom no interior do país e quais forom as suas principais façanhas. Nesta carta conta-se a derrota espanhola de “La noche triste”, onde mais de quinhentos espanhois forom mortos e várias decenas forom apanhados para ser sacrificados depois aos deuses. A “Carta III” (quinze de Maio de 1522) alberga um subtítulo: “de las cosas sucedidas y muy dignas de admiraçón en la conquista y recuperaçión de … Temixtitán”, y que foi publicada em Sevilla no ano 1523. A quarta Carta (publicada em Toledo, 1525) foi enviada por Cortês o quinze de Outubro de 1524. Nela fala da traiçón de Diego Velázquez, gobernador da ilha de Cuba e seu rival como gobernador de México, xá que Cortês debía ter feito todas as suas conquistas em nome de Velázquez – por ser seu subordinado – e nunca em nome próprio. Pide ao imperador nessa carta que o reconheça como gobernador e capitán xeral de México e solicita mais homes para povoar o país. A quinta Carta (do três de Septembro de 1526) non foi publicada no seu tempo, pois até ao século XIX non se descubríu a sua existência -xunto com a primeira carta- na Biblioteca Imperial de Viena. Nela descrebe a traiçón feita por Cristóbal de Olid, a quem tinha enviado para conquistar o que hoxe é Honduras. Cortês tinha grandes inimigos na corte, que conspirabam contra el, acusando-o de ser o assassino da sua mulher e de Juan de Garay, e de haber ocultado grande parte do botín ao imperador. Foi entón chamado a Espanha, mas, ainda que ganhou o xuízo, non conseguíu ser nomeádo vicerrei de “Nova Espanha”, como había desexádo. O seu estilo literário resulta claro e a miúdo lacónico. Destaca como narrador, nos quadros que descrébem o novo mundo que se mostra ante os seus olhos. O entusiasmo pode ser rectórico, para enaltecer a sua conquista, mas, em parte debeu ser autêntico, pois transmíte-nos o seu asombro com grande vitalidade. As suas “Cartas de relación”, forom muito populares na Europa. Pouco depois da sua publicaçón em castelán forom vertídas para latim e para italiano. Lorenzana as publicou em México no século XVIII e entón traducidas para françês. A colecçón completa foi publicada por primeira vez em Madrid no ano 1852. E reeditadas em 1960.
OXFORD