
No relatório de 2021 do Painel Intergovernamental sobre as Alteraçóns Climáticas (PIAC), um grupo de 234 cientistas, oriundos de 66 países, concluiu “ser inequívoco que a influênça da espécie humana tem provocado o aquecimento da atmosfera, dos oceanos e dos solos. Têm acontecído alteraçóns xeneralizadas, e a um ritmo acelerado, na atmosfera, nos oceanos e na biosfera”. As emissóns de gases com efeito de estufa – entre os quais o dióxido de carbono, o metano, o óxido nitroso e os gases fluorados – resultantes das actividades humanas aumentaram para concentraçóns atmosféricas sem precedentes em milhóns de anos, desde unha época em que o Polo Sul ficou revestido de árbores e o nível do mar subíu vinte metros. De acordo com unha estimativa do PIAC, no início de 2020, com um orçamento de carbono de 400 xigatoneladas, a probabilidade de limitarmos o aquecimento a 1,5 ºC sería de 67%. À taxa actual de emissóns, esgotaremos este orçamento de carbono antes de 2030. Em 2015, quase todos os países do mundo – um total de 195 – assinaram o Acordo de París, cuxo obxectivo era limitar o aquecimento global a um nível bastante inferior a 2ºC, idealmente abaixo de 1,5ºC, em comparaçón com os níveis pré-industriais. O mundo non está no caminho certo para atinxir estes obxectivos. Existe unha enorme disparidade entre as promessas feitas polos governos e as medidas tomádas. Grande parte das emissóns – como as provenientes do transporte terrestre e marítimo internacional, bem como muitas das associadas às Forças Armadas – non está a ser rexistada nem contabilizada.

GRETA THUNBERG