
CONVERSOS. Nome que se deu aos mouros e xudeus que forom obrigados a convertir-se ao catolicismo em Espanha, para non perder as suas possessóns ou poder permanecer nos seus lugares de orixem na Península. Termo que xeralmente. se usaba num sentido insultânte, pois é evidente que tal “converssón” foi muitas vezes puramente verbal. A fé católica foi estabelecída oficialmente na Espanha durante o reinado do visigodo Recaredo I (586-601), mas as converssóns non começarón até à época de Sisebuto (612-621). Os conversos non tivérom grande importância na vida espanhola até ao século XIII, quando Pablo Cristiano e Moishe ben Nahman mantivérom unha controvérsia em Barcelona. Durante o reinado de Juan II de Castela (1407-1454) os conversos, também chamados “marranos”, que tinham um grande poder económico, participarom na caída de Álvaro de Luna. Um dos mais grandes humanistas da sua época, foi o converso Alfonso de Santa María de Cartagena, filho do grande rabino de Burgos, que chegou a ser bispo de essa mesma cidade em 1435. As acusaçóns de seguir practicando a relixión mussulmana ou xudía abundabam. Isto, misturado com problemas de ordem económica e política, foi a causa das frequêntes massácres de cristáns novos: 1448, 1467 (Toledo), 1473 (Córdoba), 1481 (Sevilla). Os Reis Católicos reinstaurárom a Inquisiçón como meio eficaz para lutar contra os perígos que significabam os conversos: em 1481 o rico converso Diego Susán, acompanhado de outros, foi queimado publicamente em Tablada. A diáspora que os conversos iniciárom cara a Portugal e Granada, foi trabáda pola publicaçón do “perdón xeral” do seis de Febreiro de 1481. Mais de dous mil conversos forom reconciliádos. A época mais dura para os conversos, na sua relaçón com a Inquisiçón espanhola foi a de fray Juan de Torquemada, inquisidor xeral de 1483 a 1498. O processo de assimilaçón dos conversos seguíu o seu curso durante os séculos XVI e XVII. A partir dessa data foi perdendo importância. Por exemplo, Alonso de Zamora, professor de hebreo da Universidade de Alcalá, escrebeu um libro nessa fala, “Sefer hokman Elohim” (Libro da sabeduria de Deus), apoloxía do cristianismo dirixida aos xudeus. Este mesmo Zamora colaborou com o também converso Pablo Coronel na elaboraçón da Bíblia Políglota Complutense. Em quanto à literatura, os conversos contribuírom substâncialmente. Entre os autores conversos podemos citar a fray Luis de León, santa Teresa de Jesús, Mateo Alemán, as famílias Santa María e Cartagena, Fernando de la Torre, Juan de Baena, Francisco López de Villalobos e muitos outros.
OXFORD