
A Segunda à noite tivem malos sonhos. Era um home que eu correra à pedrada, e logo de ir xá lonxe, se me representou como cabalgado. Dias antes destas lutas, xá sonhára que Leonora passára por mim e non falou nada, e eu tampouco díxem nada, como se nos despreçáramos. Había também muita xente, que profería palabras que non logro recordar, mas que me parecía que era o nome do Silva. O dia doze sonhei com Leonor, da mesma maneira que fixéra o dia dez, tudo igual, só que ó nosso lado estaba muita xente que non conhecía e xunto com nós Aldemira da Sorda. Eu levantando-me, atirei com Aldemira de costas, avistando-lhe a natura, ergo! Estes sonhos, non traíam nada de bom! O dia treze, fún xunto dela, e fíxo-me as carícias que sonhára. Ao vir, cheguei à Cruz-do-Balado, e vexo um Spírito xunto de mim. Escafedim-me e non parei até arriba do Roupeiro, onde me vem um pensamento tán vivo, que parecía estár a meu lado Pepe da Graña (que em paz descanse), e alá fun seguindo, escapando de um ruído cada vez mais forte, como me passára no monte de Novás. Botei a fuxir, para meter-me no carreiro que vai para casa. De noite, na cama. voltou a atormentar-me um home. O dia quatorze e quinze, ela andívo para o “Furudo”, e eu fun xunto dela e a esperei na sua casa até às onze da noite, encontrei-a indiferente. Tomou-me da mán, e combinámos ir a San Benito de Palermo em Angoares, o próximo Domingo dia dezassete, a que tivem a honra de assistir por vía dela, e vinhem com ela, mas non me fixo as carícias como antes. O dia vintium de Abril, Xoves, tinha estádo com Abelino da Flora e recomendou-me que lhe matára unha cobra gorda, que também a sua nái tinha intençón de pedir-mo. Dabam-me duas pesetas se lha colhía, decíndo que era para fazer um caldo para remédio, o qual a mim se me figurou asunto de bruxaría. À noite fún xunto de Leonor e a encontrei muito esmorecída, dixo que estivéra todo o dia na cama. O Domingo, 24 de Abril, estivem com Leonor, afirmando esta, que xa estaba algo melhor, mas as carícias cessarom; e non voltarom mais. Deus guarde a vossa mercê. Domingo, 25 de Abril de 1921, Guillade, lugar da Portela.
MANUEL CALVIÑO SOUTO