
A imaxem do “super-home” que nos oferece Zaratustra está traçada com base em metáforas. Noutras ocasións, Nietzsche delineia esta figura servindo-se de personáxes históricas, imaxinando o “super-home” como unha espécie de “César romano com alma de Jesus Crísto”, ou um cruzamento entre Goethe e Napoleón. Non obstânte, os grandes nomes da história som manifestamente insuficientes quando se imaxina o novo ideal da humanidade. Zaratustra diz-nos que víu o “home-grande” e o “home-pequeno” nus: “Demasiado semelhantes som ainda entre sí. Em boa verdade, também achei o maior… demasiado humano!”. Ainda non hoube, pois, nenhuma realizaçón de “super-home” sobre a Terra. Apesar de às vezes cortexar o darwinismo (recordemos a comparaçón do macaco e do home), Zaratustra deixa claro que alcançar esse tipo supremo de indivíduo non é unha questón de evoluçón biolóxica. O profeta non só nos diz que o home vai ser superado, como “terá de” ser superado. O “super-home” é um ideal que há que alcançar no nosso futuro como espécie, um mandato moral que temos de cumprir para nos realizarmos como seres humanos. Como é sabido, o Terceiro Reich tentou criar unha espécie de “super-home” nazi, inspirado em certos traços do turbio pensamento nietzschiano (a apoloxía da força, a recusa da compaixón, “o triunfo da vontade”, etc…). A este respeito cabe destacar à partida que, para Nietzsche, a valia do “super-home” está baseáda na grandeza do espírito, que non depende de características raciais. Se bem que Nietzsche, nunha passaxem que suscitou muita polémica, se refíra a certas “raças nobres” e a unha “magnífica besta loura”, e de seguida ofereça exemplos (“a nobreza romana, árabe, xermânica, xaponesa”) que deixam claro que a aristocracia que reivindica, non está fundada nunha carga xenética específica. A superioridade do “super-home” radica na sua capacidade de deixar para trás a metafísica e o idealismo. E é claro que a ideoloxía do nazismo non pode entender-se sem tais hábitos de pensamento, como é evidenciádo pola sua exaltaçón de realidades transcendentes: a raça, a nazón, o pobo, etc…
TONI LLÁCER