
A VIDEIRA NEBBIOLO
A Nebbiolo, é a principal contribuiçón da Itália para as variedades clássicas. Orixinária dos vales do Piamonte, onde se produzem o vinho “Barolo” e o “Barbaresco”. Non se cultiva practicamente fora de Itália. Nas vinhas do Piamonte as uvas maduram tarde, incluso em Novembro, e necessitam o calor das ladeiras orientadas cara ó Sul. Os seus bagos som escuros, com unha pel grossa e unha acidez forte, o que fai quase obrigatória unha selecçón prévia para aproveitálas para o vinho. Os vinhos de Nebbiolo tenhem unha lonxevidade proverbial e debem passar certo tempo nas garrafas, para que os seus taninos sexam reducídos e o seu buquê se desarrolle. O amargor próprio desta videira, pode chegar a ser abstrinxente, se non está bem vinificada.
LUGARES ONDE SE PODE ENCONTRAR

A colheita de 1990 foi no Piamonte quase perfeita, graças a um verán cálido e seco com a chuva xusta e um rendimento baixo de forma natural. Mas a década de 1990 foi difícil para os enólogos de Itália, e para o Barolo em concreto, porque os tradicionalistas forom criticádos por aferrar-se ao que muitos considerabam técnicas adegueiras antiquadas, sobre tudo em quanto ao envelhecimento em barrica. Giovani Conterno seguíu adiante pesse ao que dixéram, e envelheceu o “Monfortino” de 1990 durante seis anos em grandes toneis de carbalho. Respeitando com lealdade a filosofia do seu difunto pái, Roberto Conterno non reducíu o envelhecimento em madeira do Monfortino e evitou abertamente as barricas francesas, mais pequenas, que tenden a suavizar o complexo carácter do barolo. O “Monfortino” de 1990, triunfou com orgulho como barolo por antonomasia, com forza e clásse -ainda que é muito novo- , com taninos firmes mas sedosos e unha acidez fresca. O contraste de sensaçóns de regaliz, menta e matices florais evolucionando com lentitude na garrafa, para um ponto alxído entre o 2010 e o 2040.

Este é, sem dúvida, um dos melhores emprazamentos de Barbaresco polo seu singular microclima, influído polas refrescantes brisas procedentes do rio Tanaro. O terreno calizo e arenoso de Rabajà dán uns barbarescos elegantes mas com muito corpo, deliciosos quando som novos, ainda que também se encontram entre os que mais dignamente envelhecem de toda a denominaçón. Produttori del Barbaresco fundou-se em 1958, no emprazamento das adegas orixinais do pái fundador de Barbaresco, Domizio Cavazza. Baixo a direcçón de Aldo Vaca, “Produttori” segue elaborando uns barbarescos sobresaíntes. Elaborados artesanalmente e à maneira tradicional, com uvas procedentes dos vinhedos mais afamados da rexión, os “Riservas” monovarietais da firma alcanzam as cotas mais elevadas do vinho italiano. Rabajà Riserva 2001. Esta soberba colheita tem muito corpo mas é elegante e apresenta um equilíbrio impecábel. A sua estructura tânica e a sua frescura, permitirá-lhe envelhecer e evolucionar durante décadas.

Roberto Voerzio segue unha senda intermédia entre a velha e a nova vinicultura. A sua principal prioridade é o minucioso cuidado do vinhedo. Cada cepa tem únicamente quatro cachos, o qual se traduz nunha grande concentraçón de aromas. A fermentaçón é prolongada por duas semanas ou inclúso trinta dias, segundo o terreno, o aspecto e o microclima do vinhedo. Para Voerzio o terreno é mais importânte que o enólogo, e também que a variedade da uva. O “Barbara d’Alba Riserva Pozzo dell’Annunziata” foi feito com uva de um dos melhores emprazamentos de La Morra, mas está feito de videiras velhas de barbera, unha variedade de segunda categoria. A nebbiolo claro está, é de melhor clásse, e La Morra é terra de barolos mais suaves e suculentos, ningúm tanto como o do cru “Cerequio”, da madura e suave colheita de 1999. Este delicioso vinho apresenta grande complexidade de aromas a couro e carnosidade, mas com notas de rosas muchas e trufas. Ao paladar, o sabor a cereixas mistura-se com naturalidade com o carbalho, dando lugar a unha textura sumptuosamente rica, e com um final glorioso de vinosidade.

A família Gaja instalou-se no Piamonte a meiados do século XVII, e alí Giovanni Gaja fundou as adegas que levam o seu nome em 1859. Angelo uniu-se ao negócio em 1961 e hoxe em dia a família alberga a posse de cento unha hectárias de vinhedos de primeira qualidade em Barbaresco e Barolo, assim como outras duas propriedades na Toscana. Gaja elabora vários vinhos barbaresco procedentes cada um de um só vinhedo. Também conta com dous crus de barolo: Sperss e Conteisa Cerequio. Mas o “Barbaresco tout court” segue sendo o buque insígnia das adegas Gaja, elaborado com unha mistura de uvas procedentes de quatorze parcelas diferêntes. As colheitas de 2000 e 2001, forom as duas últimas de unha série extraordinária de anhadas excelentes, das que se beneficiárom os caldos de Alba desde o ano 1995 em diante. Mas, agora que os vinhos levam certo tempo engarrafados, a de 2001 resultou ser a melhor, a que apresenta maior graça, elegancia e forza para perdurar no tempo. Quando se procedeu à sua cata em Março do 2006, o Barbaresco de Gaja de 2001 resultou ser um clássico entre os do seu rango, com um aroma de nebbiolo em nariz soberbamente puro e maduro. O paladar estaba ainda pechado e sem desarrolhar, o qual non resultaba extranho, mas a magnífica concentraçón e perdurabilidade, xá resultabam evidentes. Num ano tán excelente como 2001, o melhor barbaresco pode envelhecer durante trinta anos ou mais, ainda que probabelmente non começará a ser accessíbel até transcorridos uns dez anos.
LAROUSSE DOS VINHOS