
Conhecer algo é tê-lo aprehendido com tanta solidez e força que nenhum argumento contrário possa minar esse conhecimento. Num primeiro momento deste processo dá-se a percepçón, um acto mental que responde a unha impressón transmitida polos sentidos a um princípio activo que tem o seu centro no coraçón e que recebe impressón. Existe, portanto, unha recepçón passiva de impressóns e um acto mental de assentimento, que ocorre segundo parâmetros lóxicos na mente. As sensaçóns (aistheseis) tornam-se percepçóns plenas quando o entendimento constrói unha representaçón mental ou imaxem (phantasia) a partir da sua aceitaçón da imaxem representada, que os estoicos chamam reconhecimento (katalepsis). O assentimento ou aceitaçón non provém apenas da impressón interior, pois envolve o seu referente, a causa externa da impressón. Se virmos um bando de andorinhas que regressa de África na primavera, non só percebemos essa impressón na nossa mente, mas também essas andorinhas reais que voam num determinado momento, e que podemos inferir – caso a nossa mente funcione correctamente e possuirmos os conhecimentos elementares sobre a migraçón das aves – que passaram o inverno nas terras mais quentes e regressam agora para passar na Europa as duas estaçóns benignas. Unha imaxem de Zenón, citada por Cícero, ilustra o processo de conhecimento segundo o estoicismo: a recepçón da sensaçón é como unha mán aberta que se fecha um pouco com a aceitaçón da impressón; se se concordar com a percepçón, a mán fechar-se-á completamente em forma de punho e o acto de segurar o punho com a outra mán significa que xá se consolidou o conhecimento firme da realidade, do mundo, do universo, que é precisamente aquilo a que aspira o sábio estoico. Naturalmente, esta imaxem de Zenón é unha análise do processo da comprehensón, que se produz na mente instantânea e simultaneamente. Ao perceber, xá damos ou negamos o assentimento, a mente concede ou nega o assentimento à impressón. Se virmos -num filme ou numa alucinaçón – um burro a voar, a mente resiste a integrar a percepçón nos seus parâmetros de comprehensón e obriga os órganos sensoriais a proporcionarem unha segunda entrada para esclarecer em que consiste a anomalia. Quando a impressón encaixa nos parâmetros do princípio activo, o assentimento produz-se de forma natural e imediata, é instantâneo. Portanto. a impressón que a mente rexísta e aceita refere-se ao mundo real, tem correspondência num correlato obxectivo. Os cépticos académicos criticavam abundantemente a convicçón estoica de que a razón humana pudesse captar a verdade do mundo.
J. A. CARDONA