
É evidente que non podemos contar com tal viaxem. Unha viáxe de 386 mil quilómetros até à Lua é ainda um grande emprehendimento para nós. O proxecto de unha missón tripulada a Marte, desafío lançado polo primeiro presidente Bush, num momento de euforía, sería discretamente abandonado quando alguém calculou que viría a custar 450 mil milhóns de dólares e ainda, possibelmente a vida de toda a tripulaçón (o ADN dos astronautas sería reduzido a pó polas partículas solares de alta enerxia, das quais non os poderíamos protexer). Com base naquilo que se sabe hoxe em dia e se consegue imaxinar, non há hipótese de qualquer ser humano poder visitar a fronteira do nosso sistema solar, nunca. Está simplesmente demasiado lonxe. O facto é que, mesmo com o telescópio “Hubble”, nem sequer conseguimos ver a nuvem “Oort”, que non podemos afirmar que ela exista. Polo que ela é probábel, mas totalmente hipotética. A única certeza que se pode ter em relaçón à nuvem Oort é que começa algures depois de Plutón e estende-se por dous anos luz através do cosmos. Sabendo que a unidade básica de medida no sistema solar é a unidade astronómica, ou “UA”, que representa a distância do Sol à Terra, deduz-se que Plutón está a perto de 40 UA de nós e o núcleo da nuvem Oort a 50 mil UA. Ou sexa, lonxíssimo. Mas vamos outra vez finxir que conseguimos chegar à nuvem Oort. A primeira cousa que poderíamos notar é que se trata de um lugar muitíssimo tranquilo. Estamos agora muito lonxe de tudo – tán lonxe do nosso próprio Sol que este nem sequer é a estrela mais brilhante do firmamento. Aliás, é espantoso pensar como é que aquele minúsculo ponto brilhante tem gravidade suficiente para manter todos estes cometas em órbita. A ligaçón non é muito forte, e por isso os cometas deslocam-se a unha velocidade maxestosa, apenas a 350 quilómetros por hora. De tempo em tempo, estes cometas solitários som empurrados para fora da sua órbita habitual por algunha lixeira perturbaçón da gravidade – talvez unha estrela que vá passar. Unhas vezes som exectados para o vazio do espaço para nunca mais aparecerem, mas outras som puxados para unha longa órbita em torno do Sol. Destes últimos, há três ou quatro, conhecidos por cometas de periodicidade longa, que passam através do sistema solar interior. Só muito ocasionalmente é que estes visitantes desgarrados chocam com qualquer cousa sólida, como a Terra. E é xustamente por isso que estamos agora aqui – porque o cometa que viemos observar acabou de iniciar unha longa queda em direcçón ao centro do sistema solar. De todos os sítios que podía escolher, imaxinem, avança na direcçón de Manson, no Iowa. Vai levar muito tempo a chegar – três ou quatro milhóns de anos, pelo menos -, portanto, vamos deixá-lo por agora. Voltaremos a ele muito mais à frente nesta história.
BILL BRYSON
