
Entretanto, da Côrte, anunciam-lhe a retirada da sua pensón caso non regressasse a Hanôver para continuar com o seu trabalho como historiador. Nesse momento, Leibniz podia permitir-se essa renúncia económica, mas há dous acontecimentos que o obrigam a voltar: a morte, em Xunho de 1714, da sua protectora e amiga, a duquesa Sofia (um duro golpe do qual lhe custou recompor-se), e a coroaçón do príncipe eleitor Jorge Luís como rei de Inglaterra em Agosto. Regressará a Hanôver a 14 de Septembro desse mesmo ano, non sem antes deixar como presente aos príncipes vienenses duas das suas mais significativas obras metafísicas: A “Monadoloxia” e os “Princípios da Natureza e da Graça”. Leibniz oferece-se para acompanhar o novo rei a Inglaterra, mas Jorge Luís rexeita a proposta, ao mesmo tempo que o impede de regressar a Viena e o insta a terminar o seu trabalho como historiador. Leibniz propôn-se a tarefa de escreber os seus “Annalen der Welfischen Geschichte”, que tinham derivado cada vez mais nunha história do Império Alemán na Idade Média; trinta anos de documentos compilados que consegue pôr no papel até 1005. Isto implica um trabalho entédiante que, a par da gota e dos múltiplos achaques, non lhe permite sistematizar as suas ideias filosóficas e científicas para a posteridade, tal como relata ao matemático e físico veneziano Pietro Antonio Michelòtti, nunha carta de 17 de Septembro de 1715: ”Esforço-me por terminar a minha obra histórica, enquanto as forças me acompanhem, para que o trabalho realizado non se perca (…). Dedico a este trabalho todo o tempo que os meus deberes quotidianos e as preocupaçóns com a minha saúde me deixam libre, e vexo-me obrigado a relegar todas as reflexóns matemáticas, filosóficas e xurídicas, para as quais me sinto mais inclinado”.
CONCHA ROLDÁN
