
Também seguindo a Sexto Empírico, o verdadeiro cepticismo configura-se como unha zetéctica (zétésis), investigaçón interrompida, pergunta, indagaçón, caça contínua: ”skepsis”, actividade de indagaçón, exame. O que, segundo Montaigne, distingue os pirronianos dos restantes cépticos, e na sua opinión os torna estimulantes, é que están sempre à procura da verdade. Se a profissón dos pirronianos é a busca incessante da “verdade”, “a ignorância que se sabe e se xulga e que se condena non é unha ignorância total, para sê-lo é preciso que se ignore a si própria”. Portanto, a sua profissón consiste em oscilar, duvidar, non ter a certeza de nada, non responder nada, mas antes continuar a investigar. Se os dogmáticos acham que sabem e conhecem os primeiros princípios da investigaçón, na verdade, como suxere Montaigne no “Costume da Ilha de Cea, filosofar é duvidar”: a dúvida é o primeiro princípio da investigaçón porque é o primeiro princípio da própria natureza. A pergunta (Que sais je?) representa a superaçón do cepticismo que se contradiz, matriz de unha práctica filosófica perfeitamente coherente, consciência das lacunas do saber e interrogaçón contínua. Plutarco acudiu a axudá-lo no proxecto montaigniano de revisón do cepticismo. Do filósofo de Queroneia, Montaigne retém sobretudo a definiçón de filosofia como “arte que nos ensina a viver”, arte da vida, exposta nas “Conversas à Mesa”. Em particular, gosta daquela sua forma de non estabelecer a certeza e de manter sempre um tom de dúvida e ambiguidade. A “Apologia de Raymond Sebond” pecha com a dicotomia entre ser/mente divina, “immota mens”, e ser/mente humana, “mota mens”. De facto estas últimas páxinas som unha reescripta de um longo fragmento de Plutarco extraído do opúsculo “O E de Delfos” (De E apud Delphos), que Montaigne leu na traduçón de Amyot. A sua tese principal é que Deus non tem mutaçóns, declinaçóns, tempo; o home é, “intus et in cute”, mutaçón, declinaçón, tempo. Por este motivo, o home non tem nenhuma comunicaçón com o ser!
NICOLA PANICHI