
O edificante recusa apresentar-se como se tivesse descoberto algunha verdade e aí está o paradoxo que torna difícil, mas non impossíbel, a sua tarefa: afirma que a edificaçón é mais importante do que a investigaçón, mas a seguir acrescenta que non acredita nisso por a ideia de investigaçón lhe parecer inexata e a de edificaçón mais exata. Enquanto os filósofos sistemáticos que introduzem mudanças podem dar-se ao luxo de ter opinións sobre muitas das cousas dos seus antecessores, os filósofos edificantes – acaba por dizer Rorty – “debem criticar a própria ideia de ter unha opinión e, ao mesmo tempo, evitar ter unha opinión sobre ter opinións”. Quando dizem algo non están necessariamente a expressar unha opinión sobre um assunto. Están simplesmente a participar nunha conversaçón, mas non a contribuir para unha investigaçón. ”Talvez o dizer cousas non sexa sempre dizer como som as cousas. Talvez dizer isso non sexa um caso de dizer como som as cousas”. Talvez possamos participar nunha conversaçón sem ver os nossos interlocutores como se só quisessem ter opinións sobre como som as cousas, mas vê-los como se simplesmente dissessem cousas, melhores ou piores. Na realidade. o que o filósofo edificante tenta fazer é deixar de usar metáforas visuais (non só a do espelho), em cuxo caso non podería ver-se a si próprio como alguém que vê isso. Ou sexa, tenta non ver-se a si próprio como se estivesse a ver algo que o filósofo sistemático non vê. Visto assim, o Rorty de 1979 estaba metido num tipo de dilema parecido com o que arrastaba desde a xuventude, quando começou a preocupar-se com o modo de conciliar os deveres públicos com a fantasia. Aos 48 anos, o dilema xuvenil continuava vixente, mas o seu primeiro libro desembocaba noutro dilema que resolveria como faria depois com outros: non há necessidade de reconciliar a investigaçón com a conversaçón; é possíbel viver bifocalmente, sem unir ambos os campos de visón; ”non há nenhuma razón nem necessidade de englobar os dous nunha síntese superior”. O curioso é que esta divisón sería válida “inclusive” se um dos assuntos, a investigaçón, non fosse entendido xá como a busca da verdade, mas como a produçón de ideias úteis para explicar as cousas. A filosofia edificante impediria a tentaçón de que a nossa imaxem de seres que resolvem problemas definisse novamente a nossa essência, tal como antes fez a imaxem de buscadores de verdade. Promover imaxens utilitárias do conhecimento em vez de contemplativas ou representacionais non desempenharia o mesmo papel que a filosofia edificante. Defender que a essência humana é resolver problemas continuaria a bloquear o tipo de conversaçón que nos faz intuir novas formas de usar as palabras. Portanto, a posiçón de Rorty era mais complexa do que a de outros pragmáticos. A ideia de investigaçón poderia ser entendida de unha forma menos enganosa e mais realista, se se substituir a imaxem do espelho pola da ferramenta, mas ao fazê-lo poderia induzir-se o autoengano de se ter descoberto a verdadeira natureza do conhecimento e novamente a autêntica essência humana.
RAMÓN DEL CASTILLO