
Non é esaxerado afirmar que John Locke é um dos filósofos modernos mais decisivos quanto à comprehensón que os humanos têm do conhecimento, um dos que mais influenciou a forma como hoxe o concebemos. Non se trata, evidentemente, de que no século XXI aceitemos completamente, nem sequer substancialmente, a sua teoria do conhecimento, ou epistemoloxia ou gnosioloxia: muitos aspectos do seu modelo foram superados, e foram-no logo no século XVIII, antes até de Kant, com a sua “Crítica da Razón Pura” (1770), instituir unha nova abordaxem e paradigma da faculdade de conhecer. Non aceitamos, pois, todos os pontos da sua teoria do conhecimento, mas sabemos que John Locke abriu unha via nova em epistemoloxia, que a sua insatisfaçón com as concepçóns imperantes no seu tempo o levou a construir unha nova teoria mais concordante e veraz, com o que ele experimentaba na sua mente e consciência. Esta teoria foi exposta no “Ensaio Sobre o Entendimento Humano”, que é um dos textos fundamentais no seu campo. O novo caminho que Locke abriu chama-se empirismo. Como qualquer manual de filosofia nos dirá, o empirismo caracteriza-se por basear todo o conhecimento na experiência, entendida, essencialmente, como a aceitaçón dos dados proporcionados pelos sentidos. Convencionalmente considera-se que os humanos disponhem de cinco sentidos com os quais se relacionam com o mundo. O empirismo defende que o único conhecimento sólido, fiábel e com garantias é o que parte dos dados sensoriais: do que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos e saboreamos. Locke enunciou perentoriamente este princípio básico, ainda que aplicado a ideias e conceitos, e non ao conhecimento como estructura global (neste segundo aspecto foi muito pouco empirista, como veremos daqui a algunhas páxinas).
SERGI AGUILAR