
DONA INÊS DE CASTRO. Protagonista de unha tradiçón literária, que procede da mençón que da sua história fai Pero López de Ayala na sua Crónica del rey don Pedro. Os romances sobre dona Isabel de Liar, descrebem um amor idêntico ao de Inês e don Pedro. A lenda orixinária de Portugal onde aparecerom as “Trovas à morte de D. Inês de Castro”, compiladas no Cancioneiro Geral de García de Resende (1516). Camoes no canto III de Os Lusíadas: ”misera e mesquinha / que, depois de ser morta, foi Rainha”. Antonio Ferreira escrebeu a “Traxédia de dona Inês de Castro”, com um estilo que queria imitar a traxédia grega. Fray Jerónimo Bermúdez, inspirado à sua vez por Ferreira, escrebeu baixo o tema de Inês as “Nise lastimosa” e “Nise laureada”. Suárez de Alarcón é autor de um poema chamado “La infanta coronada” e Mexía de la Cerda, da “Tragedia famosa de doña Inés de Castro” (1612). Lope menciona unha obra, hoxe perdida, “Doña Inés de Castro”, em “El peregrino en su patria” (1618). Vélez de Guevara escrebeu unha das mais fermosas obras com este tema: ”Reinar después de morir”. Matos Fragoso fixo a esta unha segunda parte, baixo o título de “Ver y creer”. A última versón pertence a Henri de Montherlant: ”La reine morte”. Ramón de la Cruz parodiou o tema na sua “Inesilla la de Pinto”. Os feitos, de acordo com as notícias de Fernao Lopes, forom os seguintes: em 1340 a fermosa galega Inês de Castro, chega à côrte de Portugal, como dama de companhia da esposa do rei don Pedro, dona Constança. Inês e Pedro amam-se e tenhem dous filhos, sem que ningúm membro da côrte chegue a suspeitar. Depois da morte de Constança, é descoberta a relaçón amorosa dos protagonistas. O rei de Portugal, manda a três homes matar a Inês, no seu pazo do Mondego, perto de Coimbra. Num lugar que recebe o nome de “Quinta das lágrimas”. A data deste assessinato político habitualmente aceitada foi 1355. Pedro é nomeado rei à morte do seu pai, e simula um perdón e um esquecimento, guardando para dentro a sua dor. Até que deita mán de dous dos assassinos (o terceiro escapou, e nunca mais foi encontrado). Mas, os dous que apanhou forom submetidos a unha espécie de destripamento em praça pública. E, perante os gritos terroríficos dos condenados, que pediam clemência, ele contestou: “¡¡tampouco vós, tivéstes pena dela!!”. O pobo reclamaba unha rainha, e el fixo desenterrar a Inês e a coroou depois de morta.
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