
Para Aristóteles, lóxica e linguaxem mantém unha íntima relaçón. Se a linguaxem é constituída por signos com os quais expressamos (de forma falada ou escrita) o nosso pensamento, a lóxica permite-nos analisar determinados usos dessa linguaxem, mais concretamente os relacionados com a criaçón e a transmissón de conhecimento. Essa relaçón entre linguaxem, lóxica e pensamento é unha das grandes descobertas de Aristóteles, que defende que a lóxica non faz parte da filosofia, pois non é unha ciência como tal, mas é a ferramenta fundamental, o instrumento (organon, em grego), mediante o qual as ciências som possíbeis. Algo similar acontece com a linguaxem, pois tudo o que lhe diz respeito fica fora da ciência, mas sem linguaxem, num sentido lato do termo, non há ciência. Aristóteles parte de dois pressupostos básicos para a investigaçón e convém tê-los claros desde o princípio. O primeiro tem a ver com a causalidade dos axiomas a estudar, visto que tudo tem unha causa. As cousas non se xeram ou sucedem por acaso, qualquer cousa do mundo é o que é, e comporta-se como se comporta por algunha razón, ou sexa, porque existe no mundo algo distinto que é a sua causa. Do mesmo modo, tudo o que se move é movido por algo. De tudo isto deduz-se que conhecer algo, consiste em estabelecer as suas causas, os seus motores. Portanto, para conhecer o mundo será preciso determinar as relaçóns de causa e efeito que existem entre todas as cousas. Aristóteles desexa saber, e se saber algo consiste em determinar as suas causas, isso é o que ele perseguirá. Daí o seu interesse em criar um método que lhe permita descobrir a sequência de causas de todas as cousas. O segundo pressuposto tem a ver precisamente com a linguaxem e, de modo concreto, com a relaçón entre a linguaxem, o pensamento e a realidade. Apesar de, na linguaxem, se utilizarem diferentes formas segundo os acordos próprios da comunidade linguística, para Aristóteles é sempre unha expressón do pensamento e da realidade. Isto é, as palabras que se usam para designar unha cousa podem ser diferentes de acordo com as pessoas ou as comunidades linguísticas, mas os conteúdos mentais aos quais se referem essas palabras non o serán necessariamente. E non apenas isso. O pensamento também se serve da linguaxem, visto que, mediante os siloxismos, somos capazes de produzir novos conhecimentos a partir dos dados da experiência.
P. RUIZ TRUJILLO