
Quando chegarmos a Plutón, estaremos tán lonxe que o Sol – o nosso Sol, que nos aquece, nos dá vida – estará reduzido a unha cabeza de alfinete. Pouco mais será do que unha estrela brilhante. É, neste imenso vazio solitário, que começaremos a entender como até o mais importânte dos obxectos – como a lua de Plutón – passou despercebida. Até às expediçóns da “Voyager”, pensava-se que Neptuno tinha duas luas; a “Voyager” encontrou mais seis. Quando eu era miúdo, pensava-se que habia trinta luas no nosso sistema solar. O total, agora, é de polo menos noventa, das quais um terço foi encontrado apenas na última década. Claro que a licçón a tirar disto é a de que, quando consideramos o universo no sentido lato, nem sequer sabemos realmente o que se encontra no nosso próprio sistema solar. A outra cousa de que nos aperceberemos, ao ultrapassar Plutón a toda a velocidade, é de que estamos a ultrapassar Plutón. Se verificarmos o nosso itinerário, recordaremos que estamos a fazer unha viaxem aos confíns do nosso sistema solar, e receio que ainda non tenhamos lá chegado. Aínda que Plutón sexa o último obxecto representado nos mapas escolares, o sistema non acaba aí. Para dizer a verdade, nem nada que se pareça. Só chegaremos ao fim do sistema solar depois de atravessarmos a “nube de Oort”, um vasto lugar celestial de cometas à deriva. E, tenho muita pena de dizer isto, mas só conseguiremos lá chegar daquí a dez mil anos. Lonxe de marcar a fronteira do sistema solar, Plutón está a um quinquaxésimo milésimo (1/ 50.000) do percurso.
BILL BRYSON