
Mas para que nós, os que vivemos agora, possamos chegar à dimensón da verdade do ser e possamos meditar sobre ela, non temos mais remédio do que começar por esclarecer como se refére o ser ao home e como o reclama. Esse tipo de experiência essencial ocorre-nos no momento em que nos apercebemos de que o home é na medida em que existe. Se começarmos por dizer isto na linguaxem da tradiçón, diremos que a existência do home é a sua substância. É por isso que em “Ser e Tempo” volta a aparecer frequentemente a frase: “A substância do home é a existência”. O que acontece é que, pensado do ponto de vista da história do ser, “substância” xá é a traduçón encobridora do grego “ousia”, unha palabra que nomeia a presença daquilo que se apresenta e que normalmente, e debido a unha enigmática ambiguidade, fai também alusón a isso mesmo que se apresenta. Se pensarmos no nome metafísico de “substância” neste sentido (um sentido que em “Ser e Tempo”, de acordo com a “destruiçón fenomenolóxica” que aí se leva a cabo, xá está no ambiente), entón a frase “a substância do home é a existência” diz apenas o modo como o home se apresenta ao ser na sua própria essência é o extáctico estar dentro da verdade do ser. Mediante esta determinaçón essencial do home non se descartam nem se declaram falsas as interpretaçóns humanísticas do ser humano como animal racional, “pessoa”, ou ser dotado de espírito, alma e corpo. Polo contrário, pode afirmar-se que o único pensamento é o de que as supremas determinaçóns humanistas da assência do home aínda non chegam a sentir a autêntica dignidade do home. Neste sentido, o pensamento de “Ser e Tempo” está contra o humanismo. Mas esta oposiçón non significa que semelhante pensar choque contra o humano e favoreça o inumano, que defenda a inumanidade e rebaixe a dignidade do home. Simplesmente, pensa contra o humanismo porque este non pôn a “humanitas” do home à altura suficiente. É claro que a altura essencial do home non consiste em que ele sexa a “substância” do ente enquanto seu “suxeito” para depois, e xá que é ele que tem nas suas máns o poder do ser, deixar que desapareça o ser ente do ente nessa tán excessivamente celebrada “obxectividade”.
MARTIN HEIDEGGER