
Em conclusón, para al-Farabi, a relixión islâmica non se opôn à filosofia, xá que o conteúdo da primeira, que se dirixe ao povo, é semelhante ao da segunda. Na sua teoria sobre a sociedade islâmica confluiem a metafísica, a política e a relixión, dentro de unha estructura hierarquizada característica do mundo medieval. Tal como a sua contribuiçón para a lóxica foi a mais bem acolhida do seu pensamento polo medievo, em séculos posteriores, dentro e fora do islám, a de maior difusón e influênça foi a sua teoria política. Depois de al-Farabi, o islám oriental teve outro grande filósofo, Avicena (980 – 1037). A sua linha de pensamento é xenericamente aristotélica, embora incluia elementos procedentes do neoplatonismo e do espiritualismo oriental. Destaca-se pola sua orixinalidade em metafísica: fixo história a sua distinçón entre ser necessário por sí, e, ser possíbel por sí e necessário por outro; a existência é extrínseca à essência e, é dada libremente por Deus. Quanto ao intelecto, considera-o axente extrínseco ao home, na linha transcendentalista proposta por Alexandre de Afrodísias e apoiada por Plotino. Contra a filosofía islâmica reaxíu o teólogo persa al-Ghazâli (1050 – 1111), autor da famosa obra “A Incoherência dos Filósofos” (Tahafut al-Falasifa). Na sua tentativa para dissolver as razóns dos filósofos e invalidar as conclusóns apodíticas a que chegam no seu discurso. Sublinha a partir de unha posiçón céptica os limites do conhecimento humano e o papel subordinado da razón, frente à profecia.
ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA